Marta Suplicy é convocada para dizer que violação de sigilo é armação da oposição

Engrossando a fila

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Se o Criador algum dia materializou o deboche, a responsável por desfilar o lado desconexo da existência humana atende pelo nome deMarta Suplicy. Candidata do PT paulista ao Senado Federal, Marta, a mando do Palácio do Planalto, entrou no jogo sorrateiro para abafar o caso da violação do sigilo fiscal de Verônica Allende Serra, filha do presidenciável José Serra, do PSDB.

Durante discurso a vários representantes de centrais sindicais do estado de São Paulo, a candidata petista disse que é preciso defender o projeto do PT, que, em sua opinião, é o que está em jogo nas eleições de outubro próximo. Marta Suplicy erra – ou mente, sabe-se lá – ao fazer tal afirmação, pois o que está em jogo na realidade é um projeto de poder com escancarado viés totalitarista.

“Nós vamos para cima porque falta pouco tempo. Nós sabemos o que a oposição está aprontando. Nós sabemos que é a classe trabalhadora que vai eleger a Dilma. Estamos defendendo um projeto e vamos levá-lo à vitória”, disse a ex-prefeita paulistana ao fazer referência ao caso de quebra de sigilo fiscal.

Marta pode falar o que quiser em relação ao caso mais polêmico da atual corrida presidencial, mas é preciso lembrar que em 2004, semanas antes de perder a disputa pela prefeitura de São Paulo para o mesmo José Serra, emissários petistas tentaram várias vezes e sem sucesso algum convencer o editor do ucho.info a produzir um dossiê contra o atual presidenciável tucano. Diante das seguidas negativas, pois o ucho.info se dedica ao jornalismo independente e verdadeiro, familiares do editor passaram a ser vítimas de intimidações, além de todos os telefones serem ilegalmente grampeados.

Abusando da incoerência, Marta Suplicy defendeu a candidatura do senador Aloizio Mercadante, candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista. “Dêem ao PT uma chance de governar o maior Estado brasileiro, com sinergia, junto com ela (Dilma). O Mercadante tem uma história que pode ser muito bem utilizada em São Paulo”, disse a petista, deixando de lado que o mesmo Mercadante foi alvo de uma vexatória carraspana aplicada por Lula da Silva, após renunciar em caráter irrevogável a liderança do PT no Senado. Dias depois, Aloizio Mercadante, com a soberba que lhe é peculiar, ocupou a tribuna do Senado para anunciar que decidira revogar o irrevogável.

Como, Dona Marta, alguém que não sustenta as próprias convicções e quase foi beneficiado por um dossiê apócrifo pode governar o mais rico e importante estado brasileiro?


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