MILITARES DE 64 TIVERAM TOTAL APOIO DA POPULAÇÃO, MAS NA ESQUERDA NUNCA HOUVE DEMOCRACIA!

PERCIVAL PUGGINA
| 25 JANEIRO 2010 

O PT, como partido, nada teve a ver com a redemocratização do país, pois não existia quando o jogo político foi levando o Brasil para os trilhos da normalidade institucional e era insignificante quando ela foi estabelecida.

Quem estiver realmente interessado na verdade histórica não pode ir atrás da retórica revanchista que descreve o Brasil, no período que vai de 1964 a 1985, como imensa masmorra política, sob um regime impopular, que atuava para enriquecer os ricos, empobrecer a classe média e miserabilizar os pobres. Não foi bem assim.

Repito o que escrevi antes: nada justifica que a ruptura com a legitimidade democrática se prolongasse por duas décadas e, menos ainda, o emprego da tortura como instrumento para enfrentar a esquerda em armas e o terrorismo. Mas há outros fatos que não se pode negar nem obscurecer. Naqueles 21 anos, o Brasil se tornou a 8ª economia do mundo e toda a sociedade brasileira foi beneficiada. Pela primeira vez na história vivemos período de pleno emprego. Os salários subiam por pressão de demanda. Havia mais postos de trabalho do que trabalhadores desocupados. Para que se tenha uma ideia do que representou o surto de desenvolvimento nacional do período, passou-se um quarto de século até que, em 2008, episódica e isoladamente, o PIB brasileiro se expandisse acima de 6%, que foi o índice anual médio ao longo daquelas duas décadas inteiras! Construíram-se quase todas as rodovias federais hoje existentes, bem como as principais usinas que, ainda agora, seguram a barra da produção energética nacional; a taxa de analfabetismo, graças ao Mobral, caiu de 40% para 14% e desde então permanece nesse patamar; disponibilizaram-se, graças ao BNH, quatro milhões de moradias sociais; criou-se o Pró-Álcool, e por aí vai.

Foi com fortíssimo apoio popular que os militares ocuparam o poder em 1964. No ano seguinte, houve eleições diretas para governadores em 11 estados brasileiros. A oposição só venceu na Guanabara e em Minas Gerais. Perdeu nos outros nove estados. Naquele mesmo ano, implantou-se o bipartidarismo (ARENA do governo e MDB da oposição) e, em 1966, houve eleições para o Congresso Nacional. A ARENA fez 19 senadores e o PMDB 4; a ARENA elegeu 277 deputados federais e o MDB 132. Em 1968, foram disputadas as primeiras eleições majoritárias municipais enfrentadas pelos dois partidos e a ARENA venceu com folga o MDB no cômputo nacional. Em 1970, já em vigência do AI-5, houve nova eleição para renovar 2/3 do Senado e a ARENA obteve sua maior vitória: elegeu 41 senadores enquanto o MDB (que diante da fragorosa derrota chegou a pensar em autoextinguir-se) conseguiu apenas cinco cadeiras. Em 1972, ainda em vigência do AI-5, nova eleição municipal e nova vitória da ARENA. Só em 1974, nas eleições para renovar 1/3 do Senado ocorreu a primeira vitória do MDB, que fez 16 senadores contra seis da ARENA. Mas em 1978, revogado o AI-5, a ARENA voltou a vencer as eleições para o Congresso: fez 15 cadeiras no Senado contra oito do MDB e 231 cadeiras na Câmara dos Deputados contra 191 do MDB.

As eleições de 1980 foram postergadas para 1982. Nesse pleito, que antecedeu a redemocratização, o regime já contabilizava absurdos 18 anos, mas ainda contava com surpreendente apoio popular. Sob nova lei, que fez retornar o multipartidarismo, ocorreram, naquele ano, eleições gerais que incluíam, pela primeira vez no período, as diretas para governador. Resultado: o PDS, que sucedera a ARENA, elegeu 12 governadores, o PMDB 9 e o PDT venceu no Rio de Janeiro com o gaúcho Leonel Brizola. Para o Senado, o PDS fez 15 senadores (incluídos os três de Rondônia que se transformara em Estado), o PMDB 9 e o PDT apenas1. Na Câmara dos Deputados, o PDS conquistou 232 cadeiras, o PMDB 200, o PDT 23, o PTB 13 e o PT 8. Foi esse plenário que comandou a última eleição presidencial indireta, com a vitória de Tancredo Neves.

Como se vê, leitor, em contradição com o que se tornou senso comum a respeito daqueles anos, o regime nunca foi impopular como muitos gostam de afirmar. O PT, como partido, nada teve a ver com a redemocratização do país, pois não existia quando o jogo político foi levando o Brasil para os trilhos da normalidade institucional e era insignificante quando ela foi estabelecida. A luta armada só retardou a redemocratização, que nunca esteve entre os objetivos dos que a ela aderiram, dada a ideologia comunista de suas milícias. Malgrado os muitos erros, os inaceitáveis casuísmos, as cassações de mandatos, as absurdas "áreas de segurança nacional", a irritante arrogância da "linha dura" e o descabido continuísmo, a sociedade, na hora de votar, reconhecia méritos na realidade nacional. E não dispensava aos políticos da base do governo e do regime a malquerença que o revisionismo histórico propaga como se fosse decorrência de políticas antipovo adotadas por gente perversa. Por fim, e por dever de justiça, outro desmentido ao lero-lero esquerdista. É falso dizer-se (como tentativa de conceder caráter de normalidade aos atuais níveis de corrupção) que, naquele tempo, havia tanto ou mais corrupção quanto hoje, mas ela "não era tornada pública por causa da censura". É provável que houvesse corrupção, sim, como em qualquer lugar do mundo. Contudo, ela era certamente muito menos significativa e desavergonhada do que agora. E a melhor prova disso é a absoluta falta de milionários entre os militares investidos de poder naquele período. Você, leitor, conhece algum que não viva apenas do seu soldo?

Quem escreve este artigo tinha 19 anos em 1964, nunca foi de esquerda, mas sempre, ao longo do período, disse o que pensava, reprovou com vigor o autoritarismo durante seus anos de política estudantil. Foi fichado no DOPS pelo que dizia. Mas não gosta da mistificação que se faz em nosso país como forma de, ainda hoje, colher dividendos políticos com o acirramento de ânimos e com o atropelo da verdade.


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Governo sueco toma criança de família que educa em casa

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Governo sueco toma criança de família que educa em casa

GOTLAND, Suécia, 23 de dezembro de 2009 (Notícias Pró-Família) — Uma família cristã que educa em casa poderá permanentemente perder a guarda de seu único filho simplesmente porque educam em casa. Advogados do Fundo de Defesa Aliança (FDA) e da Associação Legal de Defesa da Educação Escolar em Casa (ALDEEC) estão juntando forças como consultores legais da família a fim de persuadir o governo sueco a devolver o menino de sete anos para seus pais.
“Os pais têm o direito e a autoridade de fazer decisões com relação à educação de seus filhos sem interferência governamental”, disse Roger Kiska, assessor jurídico do FDA, com sede na Europa. “Trata-se de um governo socialista tentando criar uma criança conforme um molde de produção de massa, conforme a imagem do Estado. Sem ajuda, os pais nesses casos ficam realmente impotentes, pois o sistema pende apenas para um lado”.
As autoridades suecas tiraram a força Dominic Johansson de seus pais, Christer e Annie Johansson, em junho do ano passado. O menino foi tomado de um avião em que seus pais haviam embarcado para mudar para o país natal de Annie, a Índia. As autoridades não tinham nenhum mandado nem haviam acusado os Johanssons de algum crime. As autoridades tomaram o menino porque crêem que a educação escolar em casa é um jeito impróprio de criar uma criança e insistem em que em vez disso o governo tem de criar Dominic.
“É um dos mais vergonhosos abusos de poder que já testemunhamos”, disse Mike Donnelly, advogado da ALDEEC. “O governo sueco diz que está exercendo sua autoridade sob a Convenção da ONU dos Direitos da Criança em seu desmantelamento desnecessário dessa família. Além disso, o Parlamento sueco está considerando uma proibição básica da educação escolar em casa. Estamos sabendo de outras famílias educadoras em casa na Suécia que estão tendo mais dificuldades com as autoridades locais. Tememos que todas as famílias que educam em casa nesse país estejam em risco”.
Os serviços sociais suecos inicialmente limitaram visitas ao menino para duas horas por semana, mas agora reduziram para uma hora a cada quinta semana, e nenhuma visita no Natal, pois os assistentes sociais estarão de férias.
Em 17 de dezembro, um tribunal sueco decidiu em Johansson versus Serviços Sociais de Gotland que o governo estava dentro de seu direito de tomar o menino. Eles citaram o fato de que Dominic não era vacinado como motivo para tomá-lo permanentemente de seus pais e também afirmaram que as crianças educadas em casa não têm bom desempenho acadêmico e não são bem sociabilizadas. A tribulação deixou o menino e seus pais traumatizados.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/ldn/2009/dec/09122304.html
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Verdades e mentiras sobre o Golpe de 1964, a Ditadura Militar e a postura do...

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Verdades e mentiras sobre o Golpe de 1964, a Ditadura Militar e a postura dos evangélicos à época

Pr. Silas Daniel
Em 2009, o Golpe de 1964 completou 45 anos. Como era de se esperar, várias manifestações na mídia impressa, televisiva e virtual marcaram a data. Nem todas, porém, justas. Alguns equívocos muito comuns foram repetidos. Por exemplo, as afirmações de que o Golpe de 1964 veio para instaurar uma ditadura no Brasil (quando, na verdade, a Ditadura Militar foi um desvio da proposta do movimento de 1964 e que só ocorreu um ano depois da deposição de Jango); que a deposição de Jango foi “uma tremenda injustiça”; e que os Estados Unidos idealizaram e patrocinaram o Golpe. Essas distorções só prosperam hoje porque, infelizmente, já faz alguns anos que uma educação com viés de esquerda prevalece nas escolas desse país, distorcendo os fatos e reescrevendo a História.
[Este artigo trata das] versões falsas sobre aquela época de nossa história, distorções estas que, inclusive, têm levado muitos crentes a fazerem julgamentos equivocados sobre o comportamento que a igreja evangélica brasileira teve em relação à deposição de Jango e à Ditadura Militar.
Sim, os evangélicos foram condescendentes com o movimento de 1964, mas, para entender essa atitude, é preciso saber o que o governo Jango estava fazendo à época para provocar essa reação radical da sociedade brasileira, e pelo que lutou realmente esse movimento de deposição, para, então, finalmente, entendermos porque não apenas os evangélicos, mas todos os setores da sociedade civil brasileira e a maioria da população, apoiaram a deposição de Jango. Não, não concordo com golpes de Estado, mas, ao conhecer a conjuntura do movimento de 1964, dá para entender as razões pelas quais a igreja não viu aquele movimento como um mal.
Sim, os evangélicos também foram condescendentes com a Ditadura Militar que veio depois (embora, neste caso, relativamente), assim como a maioria esmagadora da população daquela época apoiou o regime (especialmente no período de 1964 a 1982). Mesmo preferindo obviamente a democracia à ditadura, os evangélicos agiram assim porque sabiam que seu papel, como Igreja, não era partir para o confronto com os militares em prol da democracia, assim como a Igreja Primitiva não se engajou em nenhuma luta pela derrubada do Império Romano, nem mesmo quando Roma passou a perseguir os cristãos a partir do final dos anos 60 da Era Cristã. Os evangélicos sempre foram ordeiros e, como povo ordeiro, não poderiam coadunar com badernas, guerrilha, desordem e movimentos que tentavam derrubar o regime pela força. E em sua esmagadora maioria, não compactuavam com as teologias esposadas pelos que se opunham ao regime em nome da “fé cristã” (refiro-me à Teologia da Esperança e à Teologia da Libertação, que levaram seus adeptos a confundirem socialismo com fé cristã e a muitos deles entrarem para a guerrilha).
A igreja evangélica também estava ciente do que fizeram os comunistas na China, Cuba, URSS e Coréia do Norte (matando, inclusive, milhões de cristãos), o que a levava a valorizar o importante combate que os militares realizavam contra os grupos terroristas que lutavam para implantar o comunismo em nosso país. Por sua vez, o regime militar ainda garantia a liberdade religiosa e honrava as igrejas cristãs de forma geral, que gozavam do respeito e apreço dos militares. Finalmente, os evangélicos da época, como a maior parte do povo, reconheciam o fato de que os principais culpados pelo abortamento do retorno programado - pelos militares - às eleições diretas (falo disso no segundo artigo), bem como pelo endurecimento e excessos dos militares durante o regime, foram os terroristas de esquerda, que promoveram destruição e caos, mataram mais de 130 pessoas, seqüestraram, e assaltaram bancos, casas e carros. Os militares apenas reagiram a eles, embora tenham se excedido nesse processo, cometendo crimes. Hoje, omite-se deliberadamente que os terroristas já haviam matado dezenas de pessoas de 1964 até dezembro de 1968 antes de o regime instaurar o AI-5, começando a repressão e dando meia volta volver no processo de retorno à democracia plena.
Para ler o resto do artigo, que contém informações muito importantes, siga este link: http://silasdaniel.blogspot.com/2010/01/verdades-e-mentiras-sobre-o-golpe-de.html
Divulgação: www.juliosevero.com

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