Bebês com síndrome de Down vão simplesmente desaparecer?

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via Julio Severo de noreply@blogger.com (Julio Severo) em 01/10/09

Bebês com síndrome de Down vão simplesmente desaparecer?

Albert Mohler, presidente do Seminário Batista do Sul

21 de setembro de 2009 (Notícias Pró-Família) — O desenvolvimento de tecnologias de diagnóstico pré-natal apresenta inúmeras questões morais — com o diagnóstico da síndrome de Down na frente e centro. Durante os vários anos passados, vem se observando e amplamente se noticiando uma redução nítida no número de bebês que nascem com a síndrome de Down. Dá para se atribuir essa redução diretamente à decisão de abortar depois de um diagnóstico pré-natal.

Conforme informa o jornal Science Daily, um novo artigo de peso que será publicado na revista Archives of Disease in Childhood aponta para novas tecnologias para futuro próximo que provavelmente aumentarão o diagnóstico da síndrome de Down (SD) durante a gravidez. “Os novos testes que serão introduzidos no próximo ano oferecerão um simples teste de sangue que não representa risco algum para o feto e dá um diagnóstico preciso de uma ou mais das variantes genéticas da síndrome de Down — a trissomia 21, a translocação ou o mosaicismo”, declarou a revista.

O desenvolvimento desses novos testes quase que certamente tornará mais freqüente a prática do diagnóstico pré-natal para se detectar a síndrome de Down. Atualmente, os testes disponíveis representam algum risco para o feto e são invasivos. Os novos testes para o próximo ano são baseados em simples testes de sangue.

A nova pesquisa é baseada no trabalho do Dr. Brian Skotko, um médico de genética clínica no Hospital Infantil de Boston. Skotko, que tem uma irmã com a síndrome de Down, faz a comovente pergunta: “Quando os novos testes estiverem disponíveis, os bebês com síndrome de Down aos poucos desaparecerão?”

A pesquisa dele revela tendências profundamente preocupantes. Entre 1989 e 2005, nascimentos de bebês com a síndrome de Down diminuíram em 15 por cento. Conforme explica Science Daily: “Na ausência de testes pré-natal, os pesquisadores teriam esperado o oposto — um aumento de 34 por cento em nascimentos — devido à tendência de mulheres aguardando mais tempo para ter filhos. Sabe-se que ter filhos mais tarde aumenta as chances de ter um bebê com a síndrome de Down”.

Num artigo publicado em 2005, Skotko argumentou que os médicos estão muitas vezes mal preparados para conversar sobre o diagnóstico da síndrome de Down com suas pacientes grávidas. De modo frio, ele também revelou que uma percentagem significativa dos médicos “relatou que eles ‘frisam’ os aspectos negativos da SD, de modo que as pacientes vejam com bons olhos um aborto intencional”.

Com as novas tecnologias de diagnóstico pré-natal tão perto no horizonte, Skotko agora vê uma “verdadeira colisão” em seu caminho. “Mais mulheres vão passar pelo processo de testes, que poderiam levar a muitas conversas difíceis e desagradáveis entre médicos e pacientes que estão esperando bebê”.

A razão para a redução no número de bebês que nascem com a síndrome de Down fica mais nítida quando o jornal The Washington Post cita a pesquisa de Skotko indicando que 92 por cento das mulheres que são informadas de que estão esperando um bebê com a síndrome de Down escolhem abortar a gravidez. Isto é: de cada dez bebês, nove são abortados.

As dimensões da “colisão” que o Dr. Skotko vê chegando agora se tornam visíveis. Se essas percentagens continuarem, o desenvolvimento desses novos testes quase que certamente levará a um vasto aumento no número de bebês abortados depois do diagnóstico da síndrome de Down.

Isso apresenta um sério desafio moral para a classe médica — e para a sociedade em geral. A assistência médica é um bem social pelo qual a sociedade inteira é responsável. O desenvolvimento de tecnologias de diagnóstico e procedimentos pré-natais traz uma crise moral bem diante de nós — bem em nossos corações. Veremos os bebês com síndrome de Down simplesmente desaparecerem?

Em seu artigo de 2005, publicado na revista American Journal of Obstetrics and Gynecology, o Dr. Skotko explicou que os testes pré-natais para se detectar a síndrome de Down colocam diante das mães que estão esperando bebê uma simples escolha — prosseguir com a gravidez ou abortar. Ele continuou:

“Sabendo disso, os fornecedores de serviços médicos historicamente agem supondo que se uma mulher dá consentimento para um exame ou diagnóstico pré-natal, ela tem de crer que ter um filho com a SD seria um resultado indesejado e quereria abortar sua gravidez se tal diagnóstico pré-natal fosse feito”.

As mães que estão esperando bebê têm de ler essa sentença várias vezes. Os que as aconselham também deveriam fazer isso.

Como o Dr. Skotko compreende muito bem, essa crise moral não se limita a bebês com a síndrome de Down. Ele pergunta: “As mães que estão esperando bebê deveriam ter à disposição os exames para selecionar e abortar fetos com um sexo indesejado? Os exames pré-natais deveriam identificar os fetos com genes que os predispõem ao câncer de mama na vida adulta? Os casais que desejam abortar fetos com genes combinados com preferências sexuais deverão ter apoio no futuro?”

O fato de que 92 por cento das mulheres que são informadas de que seu bebê em gestação apresenta elevado risco de síndrome de Down escolhem abortar o bebê deveria nos deixar chocados. O que isso fala sobre a nossa desvalorização da vida humana e da dignidade humana? Isso só pode significar que essas mulheres vêem um bebê com a síndrome de Down como um ser humano indigno de se ter — e o bebê como uma vida que não vale a pena se viver.

O Dr. Skotko aponta para os novos testes que já estão para entrar em funcionamento e vê uma colisão chegando. Considerando sua importante pesquisa, seria melhor vermos uma crise moral surgindo no horizonte. A Cultura da Morte está ganhando impulso diante de nossos olhos. Quem será o próximo na fila para ser considerado indigno de viver?

Publicado com a permissão de www.albertmohler.com

Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com/2009/09/organizacoes-pro-vida-israelenses.html

Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/ldn/2009/sep/09092101.html

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