James Tillman
WASHINGTON, DC, EUA, 14 de junho de 2010 (Notícias Pró-Família) — A agência federal americana Comitê Consultivo de Segurança e Disponibilidade de Sangue (CCSDS) votou por 9 a 6 na sexta-feira para manter as atuais normas de doação de sangue, as quais proíbem totalmente homossexuais praticantes de doarem sangue.
Especificamente, as normas adiam qualquer potencial doador de sangue se ele é um homem que tem tido sexo com outro homem desde 1977, aproximadamente o começo da epidemia da AIDS.
O papel do comitê consultivo é oferecer assessoria não compulsória ao Ministério da Saúde e Serviços Humanos.
“O bom senso triunfou sobre as tendências politicamente corretas, um acontecimento cada vez mais raro, mas muito bem-vindo”, disse em resposta Peter Sprigg, do Conselho de Pesquisa da Família.
“Esse comitê ouviu durante um dia e meio testemunhos, inclusive as pesquisas mais recentes sobre os riscos do HIV no abastecimento de sangue, mas no final eles reconheceram que não há uma política de exame alternativo que comprove manter a segurança do suprimento de sangue dos EUA”.
O senador John Kerry e 17 outros democratas do Senado pediram que a FDA [agência sanitária dos EUA] cesse sua proibição “discriminatória”, argumentando que os atuais testes sanguíneos conseguem detectar o HIV. O adiamento indefinido de homens que têm sexo com homens (HSH) começou em 1983, antes da disponibilidade de testes para o HIV, disseram eles.
Contudo, os críticos têm apontado para o fato de que há um período de até seis meses depois que uma pessoa se torna infectada em que os testes de sangue não revelam o HIV, e durante o qual a pessoa infectada poderia ainda transmiti-lo a outra pessoa.
A FDA também declara que os testes de HIV podem não conseguir detectar todos os doadores infectados. De acordo com a FDA, pelo fato de que há mais de 20 milhões de transfusões de sangue a cada ano, um índice mesmo muito pequeno de fracasso aumenta o risco de HIV indetectado na população doadora.
Em seu testemunho diante do CCSDS, Sprigg disse que a afirmação de que “a atual política ‘discrimina’ na base de ‘orientação sexual’ é muito enganadora”.
Ele disse que o termo “orientação sexual” abrange o fenômeno psicológico da atração sexual, o fenômeno sociológico da auto-identificação sexual e o fenômeno físico da conduta sexual. Só o último fenômeno se aplica à questão da proibição de doação de sangue, e é “baseado num risco de conduta bem documentado — nada mais, nada menos”.
De acordo com os Centros de Controle de Doenças, embora os HSH (homens que têm sexo com homens) sejam estimados como 4% da população masculina dos EUA, o índice de novos diagnósticos do HIV entre eles é mais do que 44 vezes maior do que entre outros homens. Eles representam mais da metade de todas as novas infecções do HIV nos EUA a cada ano.
Embora as novas infecções do HIV tenham recentemente diminuído tanto entre heterossexuais quanto usuários de drogas injetáveis, o número anual de novas infecções do HIV entre HSH vem aumentando de modo constante desde o começo da década de 1990. Os HSHs têm também índices bem maiores de sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis do que os heterossexuais.
Sprigg disse: “Compreendo que há muitas pessoas que desejam avançar a meta socio-política de ganhar maior aceitação da homossexualidade”.
“Entretanto, a política de doação de sangue não existe para atender a interesses sócio-políticos, nem deveria ser mudada para avançá-los”.
Ele concluiu: “Só a evidência científica importa, e ela indica que a atual política tem de permanecer em vigor”.
Veja matérias relacionadas em LifeSiteNews.com:
Researchers Argue Homosexuals Should be Allowed to Give Blood
http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/may/10052612.html
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DA: Gay Men Still Banned from Donating Blood Over Documented Risk Concerns
http://www.lifesitenews.com/ldn/2007/may/07052505.htm
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Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesite.net/ldn/viewonsite.html?articleid=10061402
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