Mulheres estão esperando mais para ter filhos e um número recorde delas são solteiras

Thaddeus M. Baklinski

WASHINGTON, DC, EUA, 7 de maio de 2010 (Notícias Pró-Família) — Um relatório publicado pelo Centro de Pesquisas Pew ontem diz que as mulheres nos Estados Unidos estão esperando mais tempo para começarem a ter filhos, e bem poucas delas são casadas.
O estudo de Gretchen Livingston e D’Vera Cohn examinou as novas características demográficas das mães nos EUA comparando as mulheres que deram a luz em 2008 com aquelas que deram a luz em 1990.
As pesquisadoras constataram que desde 1990, a percentagem de novas mães com mais de 35 anos subiu cinco por cento, enquanto a percentagem de mães solteiras pulou 13 por cento para um número recorde de 41 por cento.
“As mães de recém-nascidos são mais velhas hoje do que as mães semelhantes de duas décadas atrás”, declara o relatório. “Em 1990, as adolescentes tinham uma parte mais elevada de todos os nascimentos (13%) do que tinham as mulheres com mais de 35 anos (9%). Em 2008, o reverso era realidade — 10% dos nascimentos eram de adolescentes, comparado com 14% das mulheres de mais de 35 anos”.
Livingston e Cohn explicam que crêem que a demora na idade da maternidade está ligada à demora na idade do casamento e às recentes conquistas educacionais das mulheres e a ênfase em metas carreiristas.
“Quanto mais educação a mulher tem, mais tarde na vida ela tende a se casar e ter filhos. Os índices de natalidade também subiram para as mulheres com mais educação, aquelas com pelo menos alguma educação universitária, enquanto permaneceram relativamente estáveis para mulheres com menos educação. Esses fatores duplos têm cooperado para aumentar os níveis de educação das mães de recém-nascidos”.
Contudo, o relatório aponta para o fato de que enquanto as atitudes para com a maternidade estão “evoluindo” o estudo também confirma a crescente tendência para com famílias de mães solteiras e lares sem pais.
“Outra mudança notável durante esse período foi o crescimento de nascimentos para mulheres solteiras. Em 2008, um número recorde de 41% dos nascimentos nos Estados Unidos ocorreu para mulheres solteiras, subindo dos 28% em 1990. A parte de nascimentos fora do casamento é mais elevada para mulheres negras (72%), seguida pelas hispânicas (53%), brancas (29%) e asiáticas (17%), mas o aumento durante as duas décadas passadas foi maior para as brancas — a parte subiu para 69%”.
As pesquisadoras revelaram que embora “os americanos tenham abrandado levemente suas atitudes de desaprovação para com a maternidade fora do casamento… a maioria diz que ter filhos fora do casamento é ruim para a sociedade”.
O relatório do Centro de Pesquisas Pew finaliza com uma nota otimista dizendo que, apesar de as mulheres estarem se tornando mães cada vez mais tarde na vida e o efeito desestabilizador que criar filhos fora do casamento tem na sociedade, o índice geral de fertilidade nos EUA é mais elevado do que em outras nações desenvolvidas. As autoras sugerem que esse índice pode ser atribuído à “religiosidade da população dos EUA… pois essa religiosidade está ligada ao desejo de famílias maiores”.
“Esse índice para os Estados Unidos, 2,10 em 2008, é praticamente o que era em 1990. O número é aproximadamente ou levemente abaixo do ‘índice de substituição’ — isto é, o nível em que filhos suficientes nasçam para substituir seus pais na população — e não tem mudado na maior parte dos anos desde a drástica queda de natalidade do começo da década de 1970”, declara o relatório.
O que é mais ameaçador para outros países que têm índices de natalidade abaixo do nível de substituição, o relatório conclui que, “Comprados com o Canadá e com a maioria das nações da Europa e Ásia, os EUA têm um índice total de fertilidade mais elevado. Índices tais como 1,4 na Áustria, Itália e Japão têm produzido preocupação sobre se essas nações terão suficientes pessoas em idade de trabalho no futuro para sustentar suas populações idosas, e se suas populações totais poderão diminuir em tamanho”.
Um resumo do relatório do Centro de Pesquisas Pew, intitulado “The New Demography of American Motherhood” está disponível aqui.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês:http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/may/10050704.html
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