Ministério da Inglaterra convida o papa para inaugurar clínica de aborto

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via Julio Severo de noreply@blogger.com (Julio Severo) em 19/05/10

Documento ofensivo do Ministério das Relações Exteriores da Inglaterra convida o papa para inaugurar clínica de aborto

Hilary White
ROMA, 26 de abril de 2010 (Notícias Pró-Família) — Num memorando interno que desde então foi removido por um envergonhado Ministério das Relações Exteriores, autoridades do governo trabalhista da Inglaterra sugeriram que a “ideal” visita papal incluiria Bento presidindo a inauguração de uma clínica de aborto e uma cerimônia de “casamento” homossexual. O documento também sugeriu que o papa deveria lançar uma marca especial de camisinhas chamada “Papa Bento”.
Apesar dos pedidos de desculpas oficiais, líderes e comentaristas católicos reagiram de forma revoltada ao documento que dizem tipifica a atitude do governo trabalhista para com o Cristianismo, especialmente para com o Catolicismo.
De acordo com a declaração do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o documento foi obra de um grupo de “funcionários públicos jovens” que receberam a tarefa de sugerir ideias para a visita papal em setembro. Um porta-voz disse: “Esse é claramente um documento estúpido que de forma alguma reflete o governo da Inglaterra ou a política ou opiniões do Ministério das Relações Exteriores. Muitas das ideias no documento são claramente imprudentes, ingênuas e desrespeitosas”.
“O indivíduo responsável foi transferido para outras responsabilidades. Ele foi advertido por via oral e escrita de que esse foi um sério erro de opinião e aceitou essa perspectiva. O Ministério das Relações Exteriores muito lamenta esse incidente e a humilhação que provocou”.
O jornal Daily Telegraph cita uma autoridade dizendo: “Logo que os adultos descobriram sobre isso, ele foi rebaixado”. O ministro escocês Jim Murphy, parlamentar católico encarregado de planejar a visita, disse que as propostas são “absolutamente abomináveis” e “vis”. “São insultantes, são uma vergonha, e penso que em nome do Reino Unido inteiro gostaria de pedir desculpas a Sua Santidade, o Papa”, disse ele.
O ministro das relações exteriores David Miliband disse que estava “chocado” e chamou-a “uma colossal falta de bom senso”, e o embaixador do Reino Unido no Vaticano, Francis Campbell, ofereceu um pedido oficial de desculpas para autoridades elevadas da Santa Sé.
O Bispo Malcolm McMahon da diocese de Nottingham disse aos meios de comunicação que estava pasmo com as propostas e chamou-as um caso de “maneiras consternadoras”. “Você não convida alguém para seu país e então o desrespeita desse jeito. É bizarro e escandaloso que qualquer uma dessas ideias seja de alguma forma conveniente para o papa”.
McMahon disse que esperava que o memorando tivesse a intenção de ser “descontraído”, e acrescentou que os católicos provavelmente não ficariam transtornados demais, pois eles “estão acostumados a ser muito criticados pela imprensa”.
Mas comentaristas da Inglaterra e da Europa não estão perdoando o governo assim com tanta facilidade, chamando o documento uma indicação do compromisso ideológico da classe política britânica para com os modismos secularistas anti-catolicismo.
Damian Thompson, editor do jornal Catholic Herald e editor de blogs do jornal Daily Telegraph, retoricamente perguntou aos bispos da Inglaterra e Gales: “O que vocês esperavam?” O documento pode ter sido repudiado pelo MRE, disse Thompson, mas realmente “reflete as atitudes do governo de Brown e seus funcionários politicamente corretos” para com o catolicismo.
“Agora vocês finalmente entendem que tipo de preconceito baixo, medíocre e ignorante vem crescendo sob este governo e seus funcionários públicos — indivíduos que são secularistas de ponta a ponta e que enxergam a Igreja Católica como antiquada e irrelevante, na melhor das hipóteses; na pior, eles a vêem como uma piada macabra”.
Gerald Warner, membro de longa data do partido conservador e agora comentarista do Telegraph, perguntou o motivo por que as autoridades responsáveis não foram demitidas, observando que na Inglaterra “politicamente correta e ultra-sensível” de Gordon Brown “usar um crucifixo no trabalho pode lhe custar o emprego; mas se insultar o papa, você é ‘transferido para outras responsabilidades’”.
O “mandato contínuo” das autoridades, disse ele, “é um gesto de desafio e desprezo ao Cristianismo”. “Se esse documento feito por um menino de rua tivesse insultado o islamismo, as minorias étnicas ou os homossexuais, o infrator teria sido condenado sem nenhuma misericórdia”.
Warner chamou o MRE de “um ministério que se tornou selvagem” e disse que sua predominante mentalidade secularista é o resultado da “lenda negra do papismo inventada no século XVI pelos bajuladores elizabetanos”.
“O infantilismo do mito anti-católico, outrora um preconceito anglicano, persiste hoje na agenda dos secularistas. Essa foi a real intenção do documento do Ministério das Relações Exteriores — não a ofensa imediata, mas a mentalidade que ele revelou”.
Diana Alfieri escreveu no jornal italiano Il Giornale que o memorando indica “problemas sérios” no MRE que quase causou um incidente diplomático e deixa ao governo britânico mal tempo suficiente para “consertar o estrago, que é grande”. Esse erro foi “talvez um dos piores em termos de imagem, na história toda do Ministério das Relações Exteriores da Inglaterra”.
“O documento podia dar a impressão de que, cinco meses antes de sua visita à Inglaterra, o papa é alvo de deboche”.
Marco Tosatti do jornal La Stampa disse: “O fato de que alguns setores estão buscando instigar na Inglaterra um clima anti-papa não ajudou a aumentá-lo”.
Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, negou os rumores da mídia britânica de que o Vaticano esteja considerando cancelar a visita, dizendo que o “caso está fechado” e que não teria “absolutamente” nenhum impacto na visita.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/apr/10042601.html
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