O MITO DA FALTA D'ÁGUA

Enviado para você por Lucas Santos através do Google Reader:

via CAPIM MARGOSO de Sandro Nasser Sicuto em 14/10/09

A água é imprescindível para a existência humana. Nossos corpos são compostos substancialmente por água. A água é indispensável ao nosso organismo e, no mundo exterior, a vida animal e vegetal depende do líquido precioso. A civilização humana e suas grandes conquistas não existiriam sem o poder miraculoso desta substância vital. Toda indústria humana é dependente deste líquido vital. Uma pesquisa feita nos EUA descobriu que são necessários quase 5 mil litros de água para produzir um simples hambúrguer. Ademais, a principal e mais barata fonte de energia elétrica é a hidroeletricidade!
As reportagens que falam do terrível futuro sem água costumam divulgar algumas estatísticas que dizem:
• Que a demanda de água triplicou apenas nos últimos 50 anos, enquanto os depósitos de água potável declinam no mundo, ameaçando populações de países populosos.
• Que muitos rios no mundo todo vem perdendo sua vasão e alguns, inclusive, desapareceram completamente.
• Os lagos do planeta estão desaparecendo em taxas alarmantes: o Mar de Aral, por exemplo, está com menos de um quarto do seu tamanho original.
É verdade que isso é causa para alarme, mas para entender o problema é necessário ler além das manchetes para entender este pequeno fato: Não há falta de água.
Nosso planeta não está ficando sem água e também não está perdendo água. Há cerca de 1.362 quintilhões de litros de água no planeta e ela não está indo para lugar nenhum, mas sim, circulando. O ciclo hidrológico da Terra é um sistema fechado, e o processo é mais velho que o próprio tempo: evaporação, condensação, precipitação, infiltração e assim por diante. Em realidade há mais água em forma líquida no planeta do que havia algumas décadas atrás, devido em parte ao aquecimento global e ao derretimento das calotas polares
Então, a verdade é que existe no planeta muita água! O problema é que a vasta maioria da água da Terra está nos oceanos na forma de água salgada e deve ser dessalinizada antes de ser utilizada para consumo ou irrigação. Dessalinização em larga escala é possível, mas é cara.
Por outro lado, apesar de existir mais água salgada no planeta, há muita água doce em nosso globo azul, escorrendo pelos continentes nas forma de rios, irrigando a terra com as benfazejas chuvas e depositadas nas gelereiras eternas dos pólos e dos cimos dos mais altos morros do planeta. Ao contrário do que dizem, não está chovendo menos do que costumava chover a mil anos atrás. Todavia, como qualquer outro recurso finito, existe a escassez localizada da água. Transportar a áuga doce de onde ela existe em abundância, para os locais onde ela é escassa é uma tarefa difícil e dispendiosa. As nações e o povos ricos podem pagar pela água, como são os países árabes que estão sedentos por água, mas nadam em pretróleo. O problema é atender as populações pobres da África, p. ex.
É a escassez da água e não o aquecimento global o grande desafio ambiental que o mundo enfrentará nas próximas décadas e séculos.
Para encontrar soluções é muito importante entender o problema.
Assim, a água nunca é realmente “desperdiçada”, como sugere algumas campanhas midiáticas. Ela simplesmente se move de um local para o outro. Se você deixa, p. ex, a sua torneira vazando o dia todo, além da conta salgada no fim do mês, você não destruiu ou desperdiçou a água! Simplesmente ela se integra ao imperturbável ciclo hidrológico. O que perde é o dinheiro e energia, pois é necessário energia para purificar e distribuir a água.
A conservação dos recursos hídricos é muito importante, mas não porque há (ou haverá) falta de água, ela é o recurso mais renovável que existe. Assim como qualquer outro recurso o problema é levá-la para aqueles que necessitam.
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