Enviado para você por Lucas Santos através do Google Reader:
Se você procurava argumentos para defender o uso dos canais de mídia social, um dos melhores pode ser, quem diria, o retorno financeiro e de valor de marca.
Uma pesquisa realizada pelo Altimer Group e pela WetPaint analisou o engajamento das 100 maiores marcas do mundo em relação às mídias sociais e resultou no relatório ENGAGEMENTEdb – Social Media Brand Engagement Database (que pode ser baixado aqui em PDF), que trouxe resultados bastante interessantes e que ajudam a defender o investimento em mídias sociais pelo argumento do retorno financeiro.
O resultado mais significativo divulgado foi o de que as companhias mais engajadas tiveram, em média, um crescimento financeiro de 18% no último ano, mesmo com a crise econômica. As marcas menos engajadas tiveram, por outro lado, uma redução de 6% em suas receitas, em média, no mesmo período.
O estudo se focou nas 100 marcas mais valiosas de acordo com o ranking Interbrand Best Global Brands 2008, da BusinessWeek e analisou canais de mídia social como blogs, Facebook, Twitter, wikis, Flickr, Delicious, Youtube e fórums de discussão. A pontuação das empresas foi baseada na profundidade de sua interação em cada canal específico, indo de 1 a 127.
As 10 marcas mais valiosas e mais engajadas nas mídias sociais são as seguintes, com suas respectivas pontuações:
- Starbucks (127)
- Dell (123)
- eBay (115)
- Google (105)
- Microsoft (103)
- Thomson Reuters (101)
- Nike (100)
- Amazon (88)
- SAP (86)
- Tie – Yahoo!/Intel (85)
Algumas observações a partir do relatório divulgado:
- As companhias com melhor pontuação, segundo o estudo, geralmente possuem equipes, mesmo que pequenas, inteiramente dedicadas à presença nos canais de mídia social utilizados.
- O estudo demonstrou que as equipes mais bem sucedidas envangelizam o uso de mídias socias nas organizações, algo coerente com algumas observações do post anterior deste blog;
- Estas companhias enxergam as mídias sociais como ferramentas indispensáveis para a obtenção de resultados e sua abordagem nestes canais é conversacional, de diálogo, em vez de simples canal de divulgação, o que difere da abordagem da comunicação tradicional e dos primeiros experimentos de blogs corporativos.
- As marcas mais bem sucedidas acreditam que, quanto mais próximos do consumidor, melhor, e que é difícil discordar da habilidade das mídias sociais em criar esta proximidade.
O estudo distribuiu as companhias em quatro categorias, quanto à extensão e profundidade de investimentos nos canais de mídia social: Mavens (gíria para “especialista”, “sabichão”), Borboletas, Seletivas e Wallflowers (gíria para denominar as pessoas que, num baile, apenas olham os outros dançar):
- Mavens são as marcas que transformaram a mídia social em uma parte fundamental de suas estratégias de mercado e estão muito ativas em vários canais, geralmente possuindo equipes dedicadas a isso;
- Borboletas são as marcas que reconhecem a necessidade de estar em muitos canais mas apenas tiveram sucesso em levar à mídia social uma parte de suas atividades, com pequeno alcance;
- Seletivas são as marcas que se focam em poucos canais e exploram apenas estes. sem grande apoio ou patrocínio interno, com esforços geralmente iniciados por um evangelizador interno.
- Wallflowers são as marcas presentes em poucos canais e sem grande atividade nestes, em sua totalidade ainda tentando descobrir os melhores próximos passos e investimentos na mídia social.
Para finalizar, no site do estudo, há uma ferramenta que permite comparar os esforços de uso de mídia social de sua empresa em relação às 100 mais bem sucedidas. Uma boa dica para saber se sua marca está no caminho certo quanto ao uso destas soluções e aos comportamentos nas redes sociais.
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