TEM COISA MUITO ERRADA POR TRAZ DA DILMA! - POR QUE TANTOS QUE APOIAVAM A DILMA AGORA NÃO ESTÃO MAIS APOIANDO???

PARE PRA PENSAR:

Se Gilberto Gil que era ministro do Lula está pedindo pra não votar na Dilma -
Se Heloisa Helena, uma das fundadoras do PT é contra a candidatura da Dilma -
Se Marina Silva, ícone no PT, saiu e foi para o PV com muitos petistas
Se Joelmir Beting, jornalista e sociólogo renomado, está pedindo pra não votar na Dilma -
Se Arnaldo Jabor, o crítico e comentarista do Jornal Nacional e do Jornal da Globo também está pedindo pra não votar na Dilma -
Se a Marília Gabriela também está pedindo pra não votar na Dilma -
Se a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil está pedindo pra não votar na Dilma -
Se Pastores de todo o Brasil estão se mobilizando contra a candidatura da Dilma –
Se Collor, Sarney, Barbalho, Renam, Maluf, Chàvez, Genoino, Erenice e Zé Dirceu votam em Dilma -

ACORDA!!!
TEM COISA MUITO ERRADA POR TRAZ DA DILMA! TEMA!
ANALISE BEM ANTES DE VOTAR!!!
SE VOCÊ CONCORDA,
ENCAMINHE ESTE E-MAIL!

PENSE! VAMOS AO 2º TURNO

ESTAMOS REPASSANDO

http://www.fortalweb.com.br/grupoguararapes/

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Após polêmica do aborto, Dilma caiu entre evangélicos - Mas vamos continuar!!!

Em duas semanas, candidata do PT teve queda de 7 pontos porcentuais nesse segmento do eleitorado, enquanto Marina e Serra cresceram

02 de outubro de 2010
José Roberto de Toledo — O Estado de S.Paulo
Os movimentos de última hora das campanhas a presidente em busca de apoios de lideranças evangélicas têm uma explicação: Dilma Rousseff (PT) caiu repentinamente entre eleitores dessa fé na reta final da campanha. Ao mesmo tempo, sua rejeição aumentou entre eles.
Os beneficiários da queda de Dilma foram a evangélica Marina Silva (PV) e o católico José Serra (PSDB). Ambos ganharam votos no eleitorado evangélico. O principal motivo dessa oscilação parece ter sido a polêmica em torno da posição de Dilma em relação à legalização do aborto. A petista, que havia dito ser pela mudança da lei em 2007, teve de ir a público agora dizer que esse é um tema do Congresso, que é contra a prática e que não tomaria iniciativa de propor nenhuma lei para legalizá-la.
Ao mesmo tempo, o PT buscou o apoio de lideranças de várias igrejas evangélicas. Organizou um ato de apoio de líderes religiosos à sua candidata na quarta-feira e os estimulou a se pronunciarem publicamente em favor de Dilma. Foi o que fez, por exemplo, o bispo-mor da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo.
A movimentação de urgência conseguiu estancar a queda da petista entre os evangélicos.
Tendência. O Ibope fez um levantamento do voto por religião declarada dos eleitores. Os gráficos nesta página mostram as curvas do voto católico, evangélico e demais eleitores (de outras religiões e agnósticos e ateus) para Dilma e Marina.
A partir do começo de setembro, a candidata do PT começou a perder apoio entre os evangélicos. Até então, a preferência religiosa não era um fator preponderante na escolha do voto. As curvas dos três grupos de eleitores seguiam paralelas, com a petista tendo um pouco mais de dificuldade entre os evangélicos, porque nesse segmento Marina sempre foi melhor do que entre eleitores de fé diferente.
Problema novo. A evolução da rejeição a Dilma mostra que algo novo começou a acontecer no início de setembro. De repente, começou a aumentar o número de eleitores evangélicos que diziam que não votariam na petista de jeito nenhum. Como a rejeição não aumentou entre os demais eleitores, era sinal de que havia algum problema novo na relação de Dilma com os evangélicos: em apenas duas semanas ela perdeu 7 pontos porcentuais nesse segmento.
Ao mesmo tempo, as curvas de intenção de voto dos dois principais adversários de Dilma começaram a crescer entre os evangélicos. Em um mês, Serra ganhou 10 pontos porcentuais, saindo de 21% para 31% nesse segmento. Marina ganhou 7 pontos e chegou a 20%, embora tenha recuado depois para 18%.
Os eleitores evangélicos representam 20% do total do eleitorado brasileiro. É a segunda maior parcela, na divisão por religião, atrás apenas dos católicos, que são 66%. Uma mudança de preferência de 20% desses eleitores representaria trocar o voto de até 4% do total do eleitorado. Em uma disputa apertada como a eleição presidencial, poderia ser o suficiente para provocar o segundo turno.
Em outras palavras, a polêmica em torno da legalização do aborto pode ter tido um peso maior no refluxo das intenções de voto de Dilma nesta reta final do que as denúncias de corrupção no governo e os ataques de Lula à imprensa.
A campanha "viral" pela internet foi feita usando vídeos com declarações de Dilma em 2007 e agora. Fato inédito, uma questão religiosa pode ser responsável pelo segundo turno, se ele acontecer.
Você decide: quem será o salvador do Brasil?

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LEGAL, FAZ AÍ - GOOGLE SÓ PODE TÁ DE BRINCADEIRA...

1º – Vá no Google (se num que o link tb né?)

2º- Escreva Politico Honesto

3º- Clique em Estou com Sorte

4º – Esse Google sempre de Trollagem

Lula ta tentando achar ainda.

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Quem é de Cristo, pode mesmo tirar essa vitória - NÃO AO ABORTO JÁ!!!

VIDEO 1


VIDEO 2

Vídeo inédito prova que Dilma defende a descriminalização do aborto

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Vídeo inédito prova que Dilma defende a descriminalização do aborto

IMPERDÍVEL: Tiririca - o Filio do Braziu

Você conhece o homem, mas não conhece sua história. A cinebiografia lindja do candidato a Deputado Federal Tiririca, agora finalmente liberada. Indicado ao Oscar de 2014!

Uma história comovente de um migrante nordestino que conquistou a cidade grande e fez sucesso na política.

ASSISTA AO FILME DO HOMEM QUE QUEREM CALAR:

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Mito: o governo Lula "acabou com a dívida externa"

Apenas uma ínfima parcela disso é verdade, mais especificamente, a parcela da nossa dívida externa devida diretamente ao FMI. O restante da dívida, devida a bancos e governos do mundo inteiro, na verdade sua imensa maioria, segue intocada. Inclusive esta voltou a crescer nos últimos anos, alcançando em junho a marca de 225 bilhões de dólares! Pior, se contarmos também a dívida privada, o montante que devemos ao exterior passa dos 300 bilhões de dólares! Para pagar essa dívida e(x)terna, drena-se todo ano às dezenas de bilhões de dólares o suor do trabalho do nosso povo, através dos resultados positivos das exportações, que captam dólares pra alimentar a sede insaciável dos mega-especuladores internacionais.

Porém, muito pior que a dívida externa, só mesmo a interna, que na prática não existia antes do governo FHC, aumentando quase 10 vezes no desgoverno tucano e mais que dobrando no governo Lula! Atualmente, a dívida interna chega a 1,5 trilhão de reais (!!). Mesmo crescendo nesse ritmo, o chamado "serviço da dívida" já drenou dos cofres públicos quase R$ quatro bilhões desde 1992 (em reais de 2010), um verdadeiro "bolsa banqueiro" pago pesadamente às nossas custas! Só em 2009, de acordo com a Auditoria Cidadã da Dívida, o governo comprometeu R$ 370 bilhões dos nossos impostos (ou 35,57% do orçamento do Estado) com os agiotas e "mega-investidores" nacionais. O "bolsa banqueiro" bateu de longe os gastos com educação (2,88%), saúde (4,64%) e até os da tão dita "super deficitária" previdência (25,9%). Só assim pra entender como os lucros dos grandes bancos registraram o recorde de R$ 14 bilhões no primeiro semestre de 2009, em pleno auge da crise!

Indo na contramão de todo princípio ético e de justiça social, o governo Lula conseguiu engordar o "bolsa banqueiro" ainda mais do que o desgoverno tucano. A cada real arrecadado dos nossos impostos, FHC gastou 21 centavos com os banqueiros, enquanto Lula, pasmem, gastou 30 centavos! Isso enquanto, no mesmo período, foram apenas oito centavos dos nossos impostos para saúde e educação somados! Tudo isso vindo de um governo que disse ter "acabado com a dívida"!

Com tanto dinheiro para os banqueiros, fica difícil sobrar algo dos nossos próprios impostos para nós mesmos. É aí que vemos como o governo Lula consegue, em termos econômicos e sociais, rivalizar com alguns dos piores retrocessos econômico-sociais do desgoverno FHC (ver "primeiro mito" acima). Nada mais coerente, afinal, Lula em nada mudou a velha política econômica neoliberal demo-tucana, o código economicista de "metas de inflação, 'autonomia' do Banco Central, câmbio flutuante e superávit primário", que traduzido ao português, significa Estado máximo para os grandes capitalistas, e mínimo para os trabalhadores!

http://www.diarioliberdade.org/index.php?option=com_content&view=article&id=6724:os-quatro-grandes-mitos-do-governo-lula&catid=69:batalha-de-ideias&Itemid=83

http://horaciocb.blogspot.com/2010/10/mito-o-governo-lula-acabou-com-divida.html

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SÓ LULA SALVA!!!

Saudades do marxismo, eu ? ; é só o que me faltava


Por Bolívar Lamounier - Portal Exame

Outro dia eu me vi numa situação deveras estranha. Participando de uma mesa-redonda numa de nossas universidades, me vi forçado a defender o marxismo. E a defendê-lo – imaginem ! - contra interlocutores de esquerda.

Nunca me vira num papel tão dissonante com o que penso, falo e escrevo.
Meus leitores mais pacientes e bondosos, que sempre estão por aqui, devem estar espantados com este meu intróito. Eu nunca tive dúvida de que um país regido politicamente pela teoria marxista só poderia dar em totalitarismo. E nunca deu mesmo.

No que se relaciona com a economia, eu até cheguei por algum tempo a acreditar na baboseira da planificação, da eficiência possivelmente maior de um sistema totalmente controlado de cima para baixo, do avanço tecnológico acelerado que daí adviria e coisa e tal.

Peço até licença para relatar um fato de meus tempos de estudante. Tendo ingressado na pós-graduação da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, fui parar num curso de relações internacionais.

Tratava-se justamente de uma comparação entre EUA e URSS, e uma das tarefas do curso era analisar criticamente um livro de uma lista indicada pelo professor. Peguei um de Isaac Deutscher, um historiador muito apreciado no Brasil.

Crítico da URSS – até por ter escrito uma biografia de Trotsky, o líder exilado e assassinado em conseqüência da ascensão de Stálin -, Deutscher defendia justamente as teses que eu estava acostumado a ouvir. Essa eu tiro de letra, pensei de mim para comigo.

O progresso tecnológico soviético – dizia Deustcher – é monumental. Para a URSS deixar para trás os Estados Unidos, é só uma questão de tempo .

Defendi vigorosamente o livro . E me ferrei. Para meu azar, o professor era um especialista no assunto. Por pouco não me reprova. Disse para eu me enfurnar na biblioteca e estudar.

Foi o que fiz, creio até que em excesso. Não vou encompridar este texto rememorando o colapso da URSS e de seus satélites no Leste. Mas preciso mencionar as notícias que estão chegando de Cuba. 

O governo cubano, como o leitor se recorda, está para fazer um ajuste fiscal de meter medo. Anunciou um corte de 500 mil empregados públicos, num total de 4 milhões e qualquer coisa.

Num país com um setor privado pífio, todo cheio de dedos no que toca a investimento estrangeiro, um ajuste dessa ordem implica um quadro de dificuldades terríveis. E a opção de não ajustar inexiste : o paraíso socialista foi à falência, it’s as simple as that .

Outro dia eu contei aqui que o comandante Raúl Castro havia deflagrado um programa de privatização. De fato, eu lera em algum lugar que os salões de barbeiro e de beleza já haviam sido privatizados.

Pois não é que eu me enganara ? Num artigo publicado esta semana no Washington Post – e eu não me julgo mais bem informado que o tradicional WP – , George F. Will informou que tais salões ainda vão ser privatizados, como parte da anunciada reforma econômica. Mas só aqueles que têm até três cadeiras. Os que têm quatro ou mais, ficam para depois.

E a mesa-redonda em que me vi obrigado a defender o marxismo ? O que tem a ver com isso ? Vou tentar explicar.

Eu acredito já ter aqui me referido ao PT como uma salada das mais esquisitas . Na política social, um inferno de boas intenções, sempre vazadas num tom moralista exaltado .

Na política, puro maniqueísmo : nós somos o bem, eles são o mal - e, com a ascensão de Lula à presidência, uma tolerância escandalosa com uma espécie de cleptopopulismo.

Conversa vai, conversa vem, chegamos a 2009. Lá está Lula, o alquimista, fabricando sua candidata.

Para poder ungi-la com os óleos de sua colossal popularidade , ele bolou uma estratégia de comparar ponto a ponto as realizações de seu governo com as do governo Fernando Henrique.

Por qualquer indicador de desempenho – dizia Lula, para gáudio da “companheirada” – , meu governo fez muito, mas muito mais que o de FHC.

Me permitam outro parêntesis. Eu creio já ter confessado aqui algumas de minhas manias. Uma delas é que sempre fui um compulsivo guardador de papéis. Me atualizei, é lógico . Tudo o que me chama a atenção, eu agora guardo no computador.

Guardei, por exemplo, um artigo do jornalista Gustavo Patu – “Petistas mistificam dados e ignoram passado” – publicado na Folha de S. Paulo no dia 18 de fevereiro. No subtítulo, Patu já vai na jugular : “Lula e Dilma dão ênfase a quantidades, em detrimento da pertinência e da relevância”.

Patu abre o texto citando um discurso que Lula deve ter repetido umas cem vezes, mas que ainda assim me parece antológico :

“E pasmem, para uma coisa que é importante: eu, torneiro mecânico, já sou o presidente da República que mais fez universidades neste país”, anunciou o presidente Lula, na semana passada, em Teófilo Otoni (MG), como já havia feito, só neste ano, em Bacabeira (MA), São Leopoldo (RS), Araçuaí (MG), no Fórum Social de Porto Alegre e em Brasília.

Lula, o semeador de universidades ! Quanta bobagem ele conseguiu dizer em apenas duas linhas.

Na mesma batida, lá foi Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil : “Até 2003 tinham sido construídas no Brasil 140 escolas técnicas profissionalizantes, e só no governo Lula já foram feitas 140, com a previsão de construção de mais 74″.

Não vou aborrecer o leitor discutindo esses números . Assim como fez Patu, o que quero por em relevo é a indigência do próprio raciocínio.

E ele o faz de forma, digamos assim, impiedosa : “Se não se trata de uma mentira em busca de ser verdade à custa de tanta repetição, é um exemplo sintomático do tipo de comparação de feitos que o PT parece querer imprimir à campanha presidencial da ministra Dilma Rousseff , [dando] ênfase a quantidades, em detrimento da pertinência, [recorrendo] a números de consistência ou relevância duvidosa e, principalmente, [ignorando] as contribuições do processo histórico”.

Realmente, querendo transformar tolices em sabedoria, “à custa de tanta repetição” , Lula e Dilma parecem ter acreditado no que diziam : em suas bravatas estatísticas e no arremedo de raciocínio que as interliga.

Foi por isso que os meus interlocutores petistas na tal mesa-redonda me fizeram sentir saudades do marxismo. Em seus trinta anos de existência, desde o começo, o PT sempre demonstrou uma constrangedora incapacidade de compreender processos históricos. Outro dia eu tento explicar como foi que isso aconteceu.

Mas este é um mérito que os mais ferrenhos opositores de Karl Marx jamais lhe negaram : a idéia de que mudanças importantes na economia, na ordem social ou na política não acontecem da noite para o dia.

Sem superar os grandes obstáculos de um dado momento, não há como passar ao seguinte. Saindo da posição A, não se chega à posição C sem passar pela B. O antes vem antes do depois.

Num país à beira da desorganização econômica como estava o Brasil até 1994, quantas unidades de quais tolices Lula teria “feito” ? Teria saído por aí a semear universidades, ou iria primeiro arregalar os olhos quando informado de que a inflação anualizada embicava para os 5.000 % ?

“Natura non facit saltus” – a natureza não dá saltos -, como o próprio Marx gostava de dizer.

Trinta anos é muito tempo, mas a perda é reparável. Com honestidade intelectual e um pouco de estudo, não deve ser tão difícil recuperar a percepção da história.

Bolívar Lamounier 

O sociólogo e cientista político Bolívar Lamounier, sócio-diretor da Augurium Consultoria, é autor de alguns dos mais conhecidos estudos de ciência política no país. Seu livro mais recente, A Classe Média Brasileiraambições, valores e projetos de sociedade, escrito com Amaury de Souza, foi lançado este ano pela Editora Campus.

http://antenacrista.blogspot.com/2010/09/saudades-do-marxismo-eu-e-so-o-que-me.html

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O enigma Ingrid Betancourt



Ivan Lessa

Colunista da BBC Brasil

Sábado passado, sem coisa melhor a fazer, para variar, eu fui navegar pelas águas turbulentas de nossas publicações informatizadas. Numa delas, acho que era da revista Veja, dou com a Fernanda Montenegro, ora gozando de grande sucesso com a telenovela Passione, lendo, muito compenetrada, trechos diversos do livro da franco-colombiana Ingrid Betancourt lançado agora no Brasil, sob o título de Não há silêncio que não termine e o subtítulo Meus anos de cativeiro na selva colombiana. São 453 páginas e quem editou foi a Companhia das Letras. 

Ingrid Betancourt. Implico solenemente com essa senhora. Não posso dizer, como dizem as pessoas, “é uma coisa de pele”. Não é. É o resultado de um acúmulo de informações. Passo adiante o que sei e sublinho que o que sei é o que andei lendo. Dentro e fora da Net (Ela está no YouTube).

Para quem está chegando agora, dou um pequeno resumo do cativeiro de Ingrid (e peço logo desculpas pelo excesso de intimidade). Ingrid Betancourt Pulecio nasceu em Bogotá no dia de Natal de 1969. Elegeu-se senadora e ativista anticorrupção. No dia 23 de fevereiro de 2002, quando fazia campanha para as eleições presidenciais, Betancourt foi presa pelo grupo guerrilheiro conhecido como Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e permaneceu cativa até o dia 2 de julho de 2008, quando o ministro da Defesa do país, Juan Manuel Santos, anunciou a libertação no sul do país pelo Exército colombiano de quinze reféns, entre os quais Ingrid Betancourt, três cidadãos norte-americanos e onze agentes policiais e militares colombianos, alguns cativos há mais de dez anos.

O resgate, pelo que li, ocorreu graças à infiltração do Exército no comando das Farc, e foi feito por helicóptero, sob o pretexto de levar os reféns para uma inspeção humanitária. Operação das mais perigosas, graças a um processo de infiltração nas altas hostes das Farc, e impressionantemente bem sucedida. Não foi derramada uma gota de sangue.

O presidente Uribe, à época, garantiu que “o Espírito Santo guiou cada passo dos heróis, sob a proteção de Nosso Senhor e da Virgem Maria”. Ele é que sabe. Muitos dos reféns alegaram também terem passado boa parte de seu cativeiro rezando o terço. Ingrid, católica prescrita, segundo declarações seguidas à sua libertação, também fez uso do terço, empregando um rosário de madeira por ela esculpido e frisou que o resgate, na sua opinião, “fora um milagre da Virgem Maria.”

Ingrid Betancourt, do cativeiro foi direto para a França, sem escalas, não se detendo na Colômbia nem para fazer campanha nem para agradecer nada a ninguém. Essa honra coube, primeiro, claro, à Virgem Maria, e, depois, ao presidente Nicolas Sarkozy.

A antiga refém passou a ser capa de revista e candidata a prêmio Nobel. Seu tempo, dividido entre Paris e Nova York. Muita entrevista, muita capa de revista. Agora mesmo, em junho deste ano, Ingrid Betancourt exigiu do governo colombiano uma indenização de 13 milhões de pesos colombianos, ou seja, US$ 8,6 milhões, sob a alegação de que seu cativeiro resultara de uma “negligência oficial”. O governo colombiano mostrou-se algo triste com a exigência. Ao que parece, a coisa está parada nesse pé. Acho que tudo depende da venda do livro.

Livro. Interessante também é o fato de que um americano também cativo, Northrop Grumman, juntamente com os empreiteiros Marc Gonsalves, Keith Stansell e Thomas Howell, que, como Íngrid Betancourt, também foram mantidos cativos, publicaram um livro escrito, presume-se, a oito mãos, e intitulado Out of Captivity (Fora do cativeiro), no qual falam de seus 1967 dias de cativeiro (de 2003 a 2008) nas selvas da Colômbia. 

Não são generosos para com Ingrid Betancourt. Nem um pouco. Muitíssimo pelo contrário. Descrevem seu comportamento como refém das Farc como egoísta, sempre achando que merecia melhor tratamento que os outros cativos devido à sua posição política e social.

Os americanos alegam ainda que o tempo todo Betancourt exigiu e conseguiu mais do que sua ração da comida, que era pouca e igual para todos. As mesmas exigências foram feitas quanto a roupas e espaço pessoal. Stansell, a uma certa altura, diz que pode perdoá-la, porém respeitar, de jeito nenhum. Pois Ingrid, segundo ele, era dominadora, egoísta, capaz até de roubar comida dos companheiros.

No livro, os americanos alegam também que durante seu cativeiro, Betancourt teve um “caso” com outro cativo, Luis Eladio “Lucho” Perez. Outra alegação seríssima também é a de Stansell, de novo, dizendo que Betancourt dissera aos guardas das Farc que os americanos trabalhavam para a CIA e todos tinham um microchip implantado nos corpos e que deveriam observados com a maior atenção. Stansell acrescenta: “Graças a ela, poderíamos ter sido executados”. E conta ainda que ela ajudou os guerrilheiros das Farc a revistar os americanos três dias antes da libertação. 

Ingrid Betancourt recusou-se a comentar as alegações dos americanos. Agora, com seu livro nas boas livrarias do ramo dos bons países do mundo, talvez essa história fique mais claro. Ou não. De qualquer forma, o mínimo – e quando eu digo mínimo é porque é mínimo mesmo – que se pode dizer é que a dama em questão é, na falta de uma palavra melhor, um enigma.

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