Ivan LessaColunista da BBC BrasilSábado passado, sem coisa melhor a fazer, para variar, eu fui navegar pelas águas turbulentas de nossas publicações informatizadas. Numa delas, acho que era da revista Veja, dou com a Fernanda Montenegro, ora gozando de grande sucesso com a telenovela Passione, lendo, muito compenetrada, trechos diversos do livro da franco-colombiana Ingrid Betancourt lançado agora no Brasil, sob o título de Não há silêncio que não termine e o subtítulo Meus anos de cativeiro na selva colombiana. São 453 páginas e quem editou foi a Companhia das Letras. Ingrid Betancourt. Implico solenemente com essa senhora. Não posso dizer, como dizem as pessoas, “é uma coisa de pele”. Não é. É o resultado de um acúmulo de informações. Passo adiante o que sei e sublinho que o que sei é o que andei lendo. Dentro e fora da Net (Ela está no YouTube). Para quem está chegando agora, dou um pequeno resumo do cativeiro de Ingrid (e peço logo desculpas pelo excesso de intimidade). Ingrid Betancourt Pulecio nasceu em Bogotá no dia de Natal de 1969. Elegeu-se senadora e ativista anticorrupção. No dia 23 de fevereiro de 2002, quando fazia campanha para as eleições presidenciais, Betancourt foi presa pelo grupo guerrilheiro conhecido como Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e permaneceu cativa até o dia 2 de julho de 2008, quando o ministro da Defesa do país, Juan Manuel Santos, anunciou a libertação no sul do país pelo Exército colombiano de quinze reféns, entre os quais Ingrid Betancourt, três cidadãos norte-americanos e onze agentes policiais e militares colombianos, alguns cativos há mais de dez anos. O resgate, pelo que li, ocorreu graças à infiltração do Exército no comando das Farc, e foi feito por helicóptero, sob o pretexto de levar os reféns para uma inspeção humanitária. Operação das mais perigosas, graças a um processo de infiltração nas altas hostes das Farc, e impressionantemente bem sucedida. Não foi derramada uma gota de sangue. O presidente Uribe, à época, garantiu que “o Espírito Santo guiou cada passo dos heróis, sob a proteção de Nosso Senhor e da Virgem Maria”. Ele é que sabe. Muitos dos reféns alegaram também terem passado boa parte de seu cativeiro rezando o terço. Ingrid, católica prescrita, segundo declarações seguidas à sua libertação, também fez uso do terço, empregando um rosário de madeira por ela esculpido e frisou que o resgate, na sua opinião, “fora um milagre da Virgem Maria.” Ingrid Betancourt, do cativeiro foi direto para a França, sem escalas, não se detendo na Colômbia nem para fazer campanha nem para agradecer nada a ninguém. Essa honra coube, primeiro, claro, à Virgem Maria, e, depois, ao presidente Nicolas Sarkozy. A antiga refém passou a ser capa de revista e candidata a prêmio Nobel. Seu tempo, dividido entre Paris e Nova York. Muita entrevista, muita capa de revista. Agora mesmo, em junho deste ano, Ingrid Betancourt exigiu do governo colombiano uma indenização de 13 milhões de pesos colombianos, ou seja, US$ 8,6 milhões, sob a alegação de que seu cativeiro resultara de uma “negligência oficial”. O governo colombiano mostrou-se algo triste com a exigência. Ao que parece, a coisa está parada nesse pé. Acho que tudo depende da venda do livro. Livro. Interessante também é o fato de que um americano também cativo, Northrop Grumman, juntamente com os empreiteiros Marc Gonsalves, Keith Stansell e Thomas Howell, que, como Íngrid Betancourt, também foram mantidos cativos, publicaram um livro escrito, presume-se, a oito mãos, e intitulado Out of Captivity (Fora do cativeiro), no qual falam de seus 1967 dias de cativeiro (de 2003 a 2008) nas selvas da Colômbia. Não são generosos para com Ingrid Betancourt. Nem um pouco. Muitíssimo pelo contrário. Descrevem seu comportamento como refém das Farc como egoísta, sempre achando que merecia melhor tratamento que os outros cativos devido à sua posição política e social. Os americanos alegam ainda que o tempo todo Betancourt exigiu e conseguiu mais do que sua ração da comida, que era pouca e igual para todos. As mesmas exigências foram feitas quanto a roupas e espaço pessoal. Stansell, a uma certa altura, diz que pode perdoá-la, porém respeitar, de jeito nenhum. Pois Ingrid, segundo ele, era dominadora, egoísta, capaz até de roubar comida dos companheiros. No livro, os americanos alegam também que durante seu cativeiro, Betancourt teve um “caso” com outro cativo, Luis Eladio “Lucho” Perez. Outra alegação seríssima também é a de Stansell, de novo, dizendo que Betancourt dissera aos guardas das Farc que os americanos trabalhavam para a CIA e todos tinham um microchip implantado nos corpos e que deveriam observados com a maior atenção. Stansell acrescenta: “Graças a ela, poderíamos ter sido executados”. E conta ainda que ela ajudou os guerrilheiros das Farc a revistar os americanos três dias antes da libertação. Ingrid Betancourt recusou-se a comentar as alegações dos americanos. Agora, com seu livro nas boas livrarias do ramo dos bons países do mundo, talvez essa história fique mais claro. Ou não. De qualquer forma, o mínimo – e quando eu digo mínimo é porque é mínimo mesmo – que se pode dizer é que a dama em questão é, na falta de uma palavra melhor, um enigma.
O enigma Ingrid Betancourt
Ivan LessaColunista da BBC BrasilSábado passado, sem coisa melhor a fazer, para variar, eu fui navegar pelas águas turbulentas de nossas publicações informatizadas. Numa delas, acho que era da revista Veja, dou com a Fernanda Montenegro, ora gozando de grande sucesso com a telenovela Passione, lendo, muito compenetrada, trechos diversos do livro da franco-colombiana Ingrid Betancourt lançado agora no Brasil, sob o título de Não há silêncio que não termine e o subtítulo Meus anos de cativeiro na selva colombiana. São 453 páginas e quem editou foi a Companhia das Letras. Ingrid Betancourt. Implico solenemente com essa senhora. Não posso dizer, como dizem as pessoas, “é uma coisa de pele”. Não é. É o resultado de um acúmulo de informações. Passo adiante o que sei e sublinho que o que sei é o que andei lendo. Dentro e fora da Net (Ela está no YouTube). Para quem está chegando agora, dou um pequeno resumo do cativeiro de Ingrid (e peço logo desculpas pelo excesso de intimidade). Ingrid Betancourt Pulecio nasceu em Bogotá no dia de Natal de 1969. Elegeu-se senadora e ativista anticorrupção. No dia 23 de fevereiro de 2002, quando fazia campanha para as eleições presidenciais, Betancourt foi presa pelo grupo guerrilheiro conhecido como Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e permaneceu cativa até o dia 2 de julho de 2008, quando o ministro da Defesa do país, Juan Manuel Santos, anunciou a libertação no sul do país pelo Exército colombiano de quinze reféns, entre os quais Ingrid Betancourt, três cidadãos norte-americanos e onze agentes policiais e militares colombianos, alguns cativos há mais de dez anos. O resgate, pelo que li, ocorreu graças à infiltração do Exército no comando das Farc, e foi feito por helicóptero, sob o pretexto de levar os reféns para uma inspeção humanitária. Operação das mais perigosas, graças a um processo de infiltração nas altas hostes das Farc, e impressionantemente bem sucedida. Não foi derramada uma gota de sangue. O presidente Uribe, à época, garantiu que “o Espírito Santo guiou cada passo dos heróis, sob a proteção de Nosso Senhor e da Virgem Maria”. Ele é que sabe. Muitos dos reféns alegaram também terem passado boa parte de seu cativeiro rezando o terço. Ingrid, católica prescrita, segundo declarações seguidas à sua libertação, também fez uso do terço, empregando um rosário de madeira por ela esculpido e frisou que o resgate, na sua opinião, “fora um milagre da Virgem Maria.” Ingrid Betancourt, do cativeiro foi direto para a França, sem escalas, não se detendo na Colômbia nem para fazer campanha nem para agradecer nada a ninguém. Essa honra coube, primeiro, claro, à Virgem Maria, e, depois, ao presidente Nicolas Sarkozy. A antiga refém passou a ser capa de revista e candidata a prêmio Nobel. Seu tempo, dividido entre Paris e Nova York. Muita entrevista, muita capa de revista. Agora mesmo, em junho deste ano, Ingrid Betancourt exigiu do governo colombiano uma indenização de 13 milhões de pesos colombianos, ou seja, US$ 8,6 milhões, sob a alegação de que seu cativeiro resultara de uma “negligência oficial”. O governo colombiano mostrou-se algo triste com a exigência. Ao que parece, a coisa está parada nesse pé. Acho que tudo depende da venda do livro. Livro. Interessante também é o fato de que um americano também cativo, Northrop Grumman, juntamente com os empreiteiros Marc Gonsalves, Keith Stansell e Thomas Howell, que, como Íngrid Betancourt, também foram mantidos cativos, publicaram um livro escrito, presume-se, a oito mãos, e intitulado Out of Captivity (Fora do cativeiro), no qual falam de seus 1967 dias de cativeiro (de 2003 a 2008) nas selvas da Colômbia. Não são generosos para com Ingrid Betancourt. Nem um pouco. Muitíssimo pelo contrário. Descrevem seu comportamento como refém das Farc como egoísta, sempre achando que merecia melhor tratamento que os outros cativos devido à sua posição política e social. Os americanos alegam ainda que o tempo todo Betancourt exigiu e conseguiu mais do que sua ração da comida, que era pouca e igual para todos. As mesmas exigências foram feitas quanto a roupas e espaço pessoal. Stansell, a uma certa altura, diz que pode perdoá-la, porém respeitar, de jeito nenhum. Pois Ingrid, segundo ele, era dominadora, egoísta, capaz até de roubar comida dos companheiros. No livro, os americanos alegam também que durante seu cativeiro, Betancourt teve um “caso” com outro cativo, Luis Eladio “Lucho” Perez. Outra alegação seríssima também é a de Stansell, de novo, dizendo que Betancourt dissera aos guardas das Farc que os americanos trabalhavam para a CIA e todos tinham um microchip implantado nos corpos e que deveriam observados com a maior atenção. Stansell acrescenta: “Graças a ela, poderíamos ter sido executados”. E conta ainda que ela ajudou os guerrilheiros das Farc a revistar os americanos três dias antes da libertação. Ingrid Betancourt recusou-se a comentar as alegações dos americanos. Agora, com seu livro nas boas livrarias do ramo dos bons países do mundo, talvez essa história fique mais claro. Ou não. De qualquer forma, o mínimo – e quando eu digo mínimo é porque é mínimo mesmo – que se pode dizer é que a dama em questão é, na falta de uma palavra melhor, um enigma.
Ateus se saem melhor em teste sobre religião
Um questionário foi aplicado em mais de 3.400 pessoas
Impeachment na maçonaria
SEGREDOS REVELADOS
Marcos José da Silva, o grãomestre: traição ao juramento O sigilo que cerca os rituais, códigos e tradições são a marca da maçonaria que, ao longo dos séculos, protegeu com um manto de silêncio as particularidades do seu universo. Recentemente, uma pessoa resolveu quebrar essa regra, justamente a autoridade máxima do Grande Oriente do Brasil (GOB) – a maior associação maçônica e mais antiga no País –, o soberano grão-mestre-geral da Ordem, Marcos José da Silva. Ele, simplesmente, registrou na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, 21 livros secretos que explicam os ritos misteriosos da irmandade. A iniciativa acarretou uma reação à altura: pela primeira vez, um presidente da instituição poderá sofrer impeachment. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, o GOB foi fundado no Brasil em 1822, tem 60 mil membros e nunca antes na história da maçonaria algo similar havia acontecido. A assembleia que decide o destino e possível punição de Silva está marcada para o sábado 18, no Templo Nobre do GOB, em Brasília. Mas a briga já começou. O grão-mestre-geral recorreu ao Supremo Tribunal Federal Maçônico (STFM) – as instituições maçônicas reproduzem em quase tudo a sociedade civil – e conseguiu liminar para retirar o assunto da pauta. Porém, os 600 maçons que estiverem presentes à assembleia podem deliberar o contrário e manter a votação para abertura do processo de impeachment. O delito cometido por Silva está previsto em dois artigos do código penal maçônico: o 73, inciso XIV, condena quem “facilitar ao profano (não maçom) o conhecimento de símbolo, ritual, cerimônia ou de qualquer ato reservado a Maçom” e o artigo 74, inciso I, pune a traição ao juramento maçônico no qual figura o sigilo. Mas por que justamente o grão-mestre teria ferido um dos princípios básicos da organização? Há algumas versões. Os defensores de Silva sustentam que ele registrou os livros secretos para evitar que outra pessoa com interesses escusos o fizesse. Seria uma iniciativa para proteger a associação de oportunistas no futuro. Os maçons favoráveis ao afastamento de Silva, por sua vez, veem má-fé e cobiça, pois agora ele figura como organizador das obras que revelam os segredos maçônicos. Isso, na prática, lhe confere os direitos autorais sobre a mesma. Ou seja, ele passou a ter direito a comissão de 5% sobre o preço de capa de eventuais livros baseados no conteúdo registrado por ele. Essa tese é reforçada pelo raciocínio de que Silva poderia ter feito o registro em nome do GOB e não no dele próprio. Os livros secretos não estão disponíveis para qualquer um manuseá-los. Mas, além de alguém poder reivindicar na Justiça o direito de vê-los, os funcionários da Biblioteca Nacional já têm acesso ao material. Não há mais sigilo.
Fiel ao estilo da maçonaria, o registro das obras foi feito na moita, assim como a denúncia efetivada por uma pessoa ligada ao GOB e que trabalha na Biblioteca Nacional. “Como maçom, me sinto ultrajado e decepcionado. Se um aprendiz mostra o livro dos rituais a um profano, ele é sumariamente expulso”, esbraveja um dos deputados da Soberana Assembleia Federal Legislativa da instituição, que vai participar da sessão e por isso preferiu não se identificar. “Isso é uma aberração. O que sustenta a irmandade é o sigilo em torno dos seus ritos e a tradição. Até porque esses ritos são usados por maçonarias de outros países”, surpreende-se o professor de história da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Marco Morel, autor do livro “O Poder da Maçonaria.”
A conservação secreta dos conhecimentos e métodos de trabalho dos maçons é um dos mais rígidos princípios da doutrina. Tanto que ao ser iniciado na maçonaria, num ritual secular no qual o postulante permanece vendado na sessão até que seu nome seja aceito pelo grupo, o novato faz um juramento em que se compromete a “nunca revelar qualquer dos mistérios da maçonaria e nunca os escrever, gravar, imprimir ou empregar outros meios pelos quais possa divulgá-los”. Na Idade Média, a violação dos mistérios seria punida com castigos terríveis, descritos no juramento: “Se violar este juramento, seja-me arrancada a língua, o pescoço cortado e meu corpo enterrado na areia do mar...” Mas os tempos mudaram e, hoje, o grão-mestre-geral poderá ser no máximo punido como qualquer presidente corrupto.
E.S.P.E.T.A.C.U.L.A.R!.!.!.! - Nick Vujicic
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Lula critica a imprensa para enganar a opinião pública e abafar outros escândalos
Só besteiras -
O manifesto organizado por partidos de esquerda, sindicatos e Ongs (patrocinadas pelo governo federal) contra a imprensa e a liberdade de expressão decorreu das critica que Luiz Inácio da Silva tem feito aos veículos de comunicação do País, que na opinião do presidente não podem noticiar os abusos de um governo que se notabilizou pela corrupção e outros que tais.
Em entrevista ao portal Terra, na quinta-feira (23), o presidente Lula da Silva afirmou que “nove ou dez famílias têm nas mãos a comunicação no Brasil”. O presidente-metalúrgico é um fanfarrão conhecido e suas declarações desde que começou o período eleitoral ganharam um tom exacerbado de contundência, pois no atual momento é preciso jogar para a plateia, que continua acreditando que o petista é um reacionário da velha guarda que repudia as benesses do capitalismo.
A democracia reserva ao cidadão o direito constitucional da livre manifestação do pensamento, o que permite que inclusive o presidente fale o que quiser quando bem entender. Lula se esquece que é exatamente nos grupos de comunicação comandados por essas nove ou dez famílias que o seu governo despeja verbas publicitárias milionárias para anunciar o que não carece ser propagandeado, pois o Estado não tem concorrente, a não ser quando o assunto é segurança pública. Na verdade, o que Lula da Silva faz é repetir sues antecessores, pois pelo fato de estarem no timão do maior anunciante do País acreditam poder pautar a imprensa ao bel prazer. O que Lula não compreende, e parte da massa ignara também, é que controlar os veículos de comunicação é uma operação empresarial legal, como fazem as tais nove ou dez famílias, ao passo que controlar a informação, como quer o PT, é um ato eminentemente ditatorial.
Que ninguém esqueça que o presidente Luiz Inácio, que em 1989 perdeu a corrida presidencial para Collor de Mello por causa da interferência da Vênus Platinada, chorou copiosamente sobre o ataúde de Roberto Marinho, finado chefão da família que comanda a maior rede de emissoras de televisão do País. Não obstante, o mesmo Lula recebeu em palácio, semanas atrás um dos dirigentes da Rede Globo para uma conversa reservada. No contraponto de toda a polêmica, Lula deveria deixar de lado sua repentina preocupação com a imprensa brasileira, pois ele próprio já declarou que não lê jornais.
Receoso com os ataques à imprensa, Lula se acovarda e muda o discurso no RS
Homem prevenido -
Luiz Inácio da Silva é um homem experiente e precavido, especialmente quando não está sob o efeito de substâncias que por certo fariam a alegria redacional do jornalista norte-americano Larry Rohter. Depois de disparar sua metralhadora verborrágica na direção da imprensa, que nas últimas semanas tem revelado diversos escândalos de corrupção do governo do PT, o presidente-metalúrgico preferiu minimizar as críticas aos veículos de comunicação. Há dias, Lula chegou a afirmar que determinados setores da mídia “destilavam ódio e mentira”.
Durante comício em Porto Alegre, Lula destacou a importância da imprensa. “A imprensa é muito importante. A gente às vezes fica zangado quando a imprensa fala mal da gente, a gente fica feliz quando a imprensa fala bem. Quando a matéria dos jornais sai falando mal a gente ninguém gosta, quando fala bem o ego da gente cresce. A gente precisa ter humildade. Democracia é exatamente isso, cada um fala o que quer, e o povo na última hipótese faz o grande julgamento, balizando e consolidando a democracia”, declarou Lula.
Que não se engane o eleitor, pois essa repentina mudança de opinião do presidente não passa de uma estratégia chicaneira para ludibriar a opinião pública e não comprometer a campanha da companheira Dilma Rousseff. Primeiro porque no Brasil poucos são os que têm coragem e dignidade para dizer e escrever o que pensa. Depois não se pode descartar a triste realidade que mostra que a consciência do cidadão é facilmente abduzida pelo estômago vazio e pela vocação ao ócio. A preocupação de Lula em arrefecer os ânimos mostra que o protesto contra a imprensa e a liberdade de expressão realizado no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo surtiu um efeito muito aquém do esperado. Para confirmar o seu estado de preocupação, Lula disse, ainda no comício, que a “democracia é um valor incomensurável”.