Bandeja de leitura

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via Bem Legaus! de noreply@blogger.com (ANDRÉ Montejorge) em 02/10/09

Absolutamente sensacional esta idéia! Ela é perfeita para quem adora ler enquanto come e assiste tv (como eu). Criação do coreano Yu-Hun Kim, a "bandeja de leitura" é feita em acrílico transparente, permitindo que livros, revistas e jornais possam ser lidos enquanto você mantém o seu lanchinho, inclusive a bebida, sobre ela. Fácil de segurar, além de proteger um pouco mais as páginas, ainda acaba com a irritante mania que os livros têm de "se" fechar. "Legivelmente legaus"!

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247 Orientações de Usabilidade para Web

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via Tempos Modernos de Gabriel Ramalho em 22/09/09

Para aqueles que trabalham com design de experiência de uso, interessados em usabilidade ou designers de interfaces, uma excelente dica divulgada ontem pelo twitter do @smashingmag foi um guia montado pela consultoria em experiência de uso Userfocus, que você pode ver aqui.

 

ux_design
Fonte da imagem: site do Userfocus

 

A compilação reúne orientações para avaliar a usabilidade nas páginas iniciais, nos serviços aos usuários e formulários, na navegabilidade e arquitetura de informação etc. Chega, inclusive, ao ponto de apresentar orientações para avaliar a credibilidade, redação e conteúdo. Sem dúvidas, um guia que serve quase como um curso rápido sobre o assunto dada a profundidade de informações e, ao mesmo tempo, uma excelente referência para os designers de interface.

 

O site oferece, além do guia, uma planilha de Excell contendo checklists que podem ser utilizados em cada uma das etapas de avaliação de usabilidade. Claro que não dispensam ou substituem o uso de outras boas práticas como a aplicação de grupos focais e estudos comportamentais, mas são de uma excelente ajuda.

 

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Investimento em Mídia Social se paga

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via Tempos Modernos de Gabriel Ramalho em 23/09/09

top 100 marcas mais valiosas | Tempos Modernos | Gabriel Ramalho

 

Se você procurava argumentos para defender o uso dos canais de mídia social, um dos melhores pode ser, quem diria, o retorno financeiro e de valor de marca. 

 

Uma pesquisa realizada pelo Altimer Group e pela WetPaint analisou o engajamento das 100 maiores marcas do mundo em relação às mídias sociais e resultou no relatório ENGAGEMENTEdb – Social Media Brand Engagement Database (que pode ser baixado aqui em PDF), que trouxe resultados bastante interessantes e que ajudam a defender o investimento em mídias sociais pelo argumento do retorno financeiro.

 

O resultado mais significativo divulgado foi o de que as companhias mais engajadas tiveram, em média, um crescimento financeiro de 18% no último ano, mesmo com a crise econômica. As marcas menos engajadas tiveram, por outro lado, uma redução de 6% em suas receitas, em média, no mesmo período.

 

O estudo se focou nas 100 marcas mais valiosas de acordo com o ranking Interbrand Best Global Brands 2008, da BusinessWeek e analisou canais de mídia social como blogs, Facebook, Twitter, wikis, Flickr, Delicious, Youtube e fórums de discussão. A pontuação das empresas foi baseada na profundidade de sua interação em cada canal específico, indo de 1 a 127.

 

As 10 marcas mais valiosas e mais engajadas nas mídias sociais são as seguintes, com suas respectivas pontuações:

 

  1. Starbucks (127)
  2. Dell (123)
  3. eBay (115)
  4. Google (105)
  5. Microsoft (103)
  6. Thomson Reuters (101)
  7. Nike (100)
  8. Amazon (88)
  9. SAP (86)
  10. Tie – Yahoo!/Intel (85)

 

Algumas observações a partir do relatório divulgado:

 

  • As companhias com melhor pontuação, segundo o estudo, geralmente possuem equipes, mesmo que pequenas, inteiramente dedicadas à presença nos canais de mídia social utilizados. 
     
  • O estudo demonstrou que as equipes mais bem sucedidas envangelizam o uso de mídias socias nas organizações, algo coerente com algumas observações do post anterior deste blog;
     
  • Estas companhias enxergam as mídias sociais como ferramentas indispensáveis para a obtenção de resultados e sua abordagem nestes canais é conversacional, de diálogo, em vez de simples canal de divulgação, o que difere da abordagem da comunicação tradicional e dos primeiros experimentos de blogs corporativos.
     
  • As marcas mais bem sucedidas acreditam que, quanto mais próximos do consumidor, melhor, e que é difícil discordar da habilidade das mídias sociais em criar esta proximidade.

 

O estudo distribuiu as companhias em quatro categorias, quanto à extensão e profundidade de investimentos nos canais de mídia social: Mavens (gíria para “especialista”, “sabichão”), Borboletas, Seletivas e Wallflowers (gíria para denominar as pessoas que, num baile, apenas olham os outros dançar):

 

  • Mavens são as marcas que transformaram a mídia social em uma parte fundamental de suas estratégias de mercado e estão muito ativas em vários canais, geralmente possuindo equipes dedicadas a isso;
     
  • Borboletas são as marcas que reconhecem a necessidade de estar em muitos canais mas apenas tiveram sucesso em levar à mídia social uma parte de suas atividades, com pequeno alcance;
     
  • Seletivas são as marcas que se focam em poucos canais e exploram apenas estes. sem grande apoio ou patrocínio interno, com esforços geralmente iniciados por um evangelizador interno.
     
  • Wallflowers são as marcas presentes em poucos canais e sem grande atividade nestes, em sua totalidade ainda tentando descobrir os melhores próximos passos e investimentos na mídia social.

 

Para finalizar, no site do estudo, há uma ferramenta que permite comparar os esforços de uso de mídia social de sua empresa em relação às 100 mais bem sucedidas. Uma boa dica para saber se sua marca está no caminho certo quanto ao uso destas soluções e aos comportamentos nas redes sociais.

 

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Top 5 Tendências Web – Web Móvel e Realidade Aumentada

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via ReadWriteWeb Brasil de João Pedro Resende em 08/10/09

ReadWriteWeb publicou uma série de posts analisando as cinco maiores tendências da Web em 2009. Três destas tendências já foram publicadas aqui no RWW Brasil: Dados EstruturadosReal-Time WebPersonalização. Na quarta parte desta série abordamos a Web Móvel.

Estamos também incluindo Realidade Aumentada nesta categoria, pois achamos que este é um elemento chave no caminho em que a Web Móvel está trilhando a partir de 2009.

Em abril nós reportamos estatísticas da Opera retratando um grande crescimento da Web Móvel. De acordo com a empresa, houve um crescimento de 157% no uso do navegador Opera Mini de Março de 2008 até Março de 2009.

O que tem alavancado este crescimento são dispositivos high-end como o iPhone, novos sistemas operacionais móveis, como o Android e aplicações inovadoras, como as de Realidade Aumentada.

Apple domina a Web Móvel, mas o Android está crescendo…

Nós nomeamos a Apple nossa Best Bigco of 2008, principalmente pelo sucesso do iPhone, acompanhado da App Store. Na maioria das estatísticas, a Apple está em uma posição dominante no segmento de Web Móvel.

No início do ano nós mostramos dados da AdMob (marketplace líder em publicidade móvel) relatando que 48% do tráfego vindo de smartphones nos Estados Unidos pertence a Apple. Estes números não vêm apenas do iPhone, mas também do iPod.

Por volta de Junho de 2009, a fatia de mercado da Apple relacionada a tráfego de smartphones, pulou para 64%. Talvez um dado ainda mais significante do que este, seja o fato de que considerando o mundo todo, a fatia da Apple no tráfego de smartphones aumentou para 47%.

No entanto, a Apple não pode se acomodar com o sucesso conseguido até o momento. O sistema operacional móvel do Google, o Android, está progredindo rapidamente. De acordo com as últimas estatísticas da AdMob em Julho de 2009, as requisições web realizadas a partir do Android, aumentaram 53% mês após mês e o Android possui agora 7% da fatia mundial de sistemas operacionais (SO) móveis.

Enquanto isto o SO do iPhone apresentou uma leve retração chegando a 45% do mercado mundial e 60% nos EUA.

Iniciativas de Grandes Companias & Startups do momento

Todas as grandes empresas de Internet tem fortes iniciativas na Web Móvel. Nós discutimos acima a Apple e o Google, mas o Yahoo por exemplo, continua investindo em Web Móvel que atualmente está sob a marca OneConnect.

A Microsoft anunciou algumas iniciativas móveis este ano, incluindo uma versão mobile do Microsoft Office e a evolução do MySpace que está trazendo sua plataforma para telefones portadores do Windows Mobile.

No início de setembro, o Facebook anunciou uma extensão móvel da plataforma do Facebook Connect. O “Facebook Connect for Mobile Web” permite que os desenvolvedores adicionem um botão do Facebook Connect em suas aplicações para torná-las mais sociais.

Provavelmente o mais interessante de tudo é assistir o surgimento e a evolução das startups de Web Móvel. Nós mantivemos nossos olhos no Brightkite por algum tempo, mas talvez a startup mais badalada do momento é a Foursquare. Trata-se de uma app de alerta de localização (location-aware) para iPhone, mas atualmente está disponível apenas em um número limitado de países.

Realidade Aumentada

Realidade Aumentada (RA) é a sobreposição de uma camada sobre o mundo que é visto através de um dispositivo móvel, e tem sido considerado uma tendência muito quente este ano.

Muitas pessoas acham que a RA será em breve discutida por todos do mesmo modo em que costumavam discutir sobre “mídia social” e “Web 2.0″ antes que elas realmente emplacassem.

Isto ainda há de se ver, mas não se pode negar que existe muito interesse na área de RA atualmente. As apps de RA estão começando a aparecer no Android (o líder neste segmento) e nos iPhones.

Conclusão

É visível que os dispositivos móveis estão se tornando uma forma cada vez mais comum de acessar a Web. Nos dias de hoje, muitos de nossos leitores (principalmente dos EUA) possuem smartphones, sendo uma boa parte deles iPhones ou dispositivos com Android. Além disso, existem muitas apps de Web Móvel invadindo a App Store e o marketplace do Android – e não podemos esquecer a Nokia e outros fabricantes de peso deste mercado.

Mas o que talvez seja mais interessante é a nova classe de aplicações móveis inovadoras que estão surgindo, sendo as apps de Realidade Aumentada o exemplo mais óbvio.

Tem sido um grande ano para a mobilidade, e ainda temos muitas promessas por vir! Não perca nosso último post da série sobre Internet das coisas! Assine nosso Feed RSS!


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A CIVILIZAÇÃO ROMANA SOFREU COM A QUEDA DE NATALIDADE

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via CAPIM MARGOSO de Sandro Nasser Sicuto em 13/10/09

Dois pesquisadores nos EUA, Peter Turchin do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva da Universidade de Connecticut e Walter Scheidel do Departamento de Estudos Clássicos da Universidade Stanford, estudando a distribuição, ao longo do tempo, de moedas romanas escondidas durante períodos de conflito interno, concluíram que houve um declínio da população da Itália durante o século 1º a.C., resolvendo uma questão há muito debatida.
"Em tempos de violência as pessoas tendem a esconder seus objetos de valor, que são depois recuperados -a menos que seus donos tenham morrido ou sido expulsos. Assim, a distribuição temporal de moedas escondidas é uma excelente pista da intensidade de guerra interna", escreveram os autores em artigo na revista científica americana "PNAS".
Os dois são de áreas diferentes do conhecimento e, no caso, complementares. "Os tesouros escondidos tinham desde três a quatro moedas até algumas dezenas de milhares. Cem denários equivaliam à metade do salário anual de um soldado", disse Turchin à Folha. O "denarius" (plural: "denarii") era uma moeda de prata com cerca de quatro gramas de peso. A palavra está na origem da palavra "dinheiro".
Os romanos, tanto no período republicano (do século 5º a.C ao século 1º a. C.) quanto no Império que o seguiu, realizavam censos de seus cidadãos, necessários para fins de taxação, recrutamento militar e direito de voto em assembleias. Contavam-se apenas os homens adultos.
Os números registrados passaram de cerca de 200 mil para perto de 400 mil entre a metade do século 3º a.C. e o final do século 2º a.C.
Com a extensão da cidadania romana ao resto da Itália depois da chamada Guerra Social (91-89 a.C.), os números praticamente triplicaram. Três censos feitos pelo imperador Augusto em 28 a.C., 8 a.C. e 14 d.C. mostram um número de 4 milhões passando para 5 milhões.
Mesmo levando em conta a extensão da cidadania, os números não batem. Falta explicar como a população de romanos teria aumentado até três vezes no século anterior ao primeiro censo de Augusto. É que todo esse período foi marcado por três grandes guerras civis, sem falar em conflitos menores, doenças e fome.
A solução de uma corrente de pesquisadores foi concluir que os censos de Augusto passaram a incluir também mulheres e menores. É a chamada hipótese de "contagem baixa". Mas as fontes históricas não fazem menção a contagens diferentes.
Outra corrente, a da "contagem alta", assume que não houve mudança na identidade das pessoas recenseadas. Ela se baseia na crença de que os censos republicanos se tornaram cada vez mais imprecisos, e portanto exagerariam a escala de aumento populacional.
O problema é que isso resultaria em uma população total que iria de 15 milhões a 20 milhões. Seria alta demais para a época romana, pois só na metade do século 19 é que a Itália atingiu essa cifra.
O modelo criado pelos dois pesquisadores, adicionando os tesouros de moedas como uma variável ao longo do tempo, demonstrou ser mais compatível com a "contagem baixa".
Na verdade, a reprodução natural no fim da República e durante o Império Romano era anormalmente baixa. Os patrícios romanos tinham baixa fertilidade. As adoções e a ascensão social, como explica o historiador Paul Veyne na obra "A história da vida privada - Do Império Romano ao ano mil", editora Companhia das Letras, 2007, "compensavam a fraca reprodução natural, pois a mentalidade romana é bem pouco naturalistas". Veyne esclarece que o aborto e a contracepção eram práticas comuns e não eram proibidos pelo Estado, "nem os moralistas mais severos podiam impor à mãe o dever de guardar seu fruto: sequer pensaram em reconhecer ao feto o direito de viver." Estas práticas, amplamente utilizadas e toleradas, contribuiu decisivamente para a diminuição do crescimento vegetativo natural da população romana.
Todavia, o Estado demonstrou preocupação com o declínio da fertilidade da população e estimulava a gravidez e a maternidade. "A lei concedia um privilégio às mães de três filhos, entendo que elas haviam cumprido seu dever". Por outro lado, não havia interesse em uma prole numerosa em razão da fragmentação da sucessão que implicaria na pulverização do patrimônio e o enfraquecimento político da família.
Por estas outras razões, identificadas pelos historiadores, a tese do declínio populacional durante o final da República e na primeira fase do Império Romano é uma verdade histórica e, certamente, a inclusão de mulheres, crianças, escravos, clientes na contagem populacional é que impediu que a queda da fertilidade se tornasse evidente.

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APARÊNCIA DE CRENTE - ISCA DO DIABO

JOSE GERALDO:

Note que terão forma de piedade ou de "crentes", mas negarão o poder. Como farão isso? Negarão que o cristianismo pode transformar alguém implacável em alguém perdoador. Eles vão alardear que são seguidores de Jesus e proclamar suas experiências de "novo nascimento”; mas o que falam não penetra em seu coração para imprimir-lhes o caráter de Cristo.
Geração da informação


Paulo pôde de enxergar profeticamente que esses homens e mulheres enganados possuíam um zelo pelo conhecimento, mas permaneciam imutáveis, uma vez que nunca o aplicavam. Ele os descreveu como pessoas “que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade" (2 Tm 3:7). Se Paulo estivesse vivo hoje, ficaria extremamente triste ao ver acontecendo o o que havia dito que aconteceria. Ele veria muitos homens e mulheres participando de retiros, seminários e cultos, acumulando conhecimentos bíblicos. Saindo à caça por "novas revelações", para que pudessem viver mais egoisticamente e ter uma vida mais bem-sucedida. Ele veria ministros levando outros ao tribunal por "causas justas". Veria publicações cristãs e programas de rádio atacando nominalmente homens e mulheres de Deus. Carismáticos correndo de igreja em igreja, tentando escapar das ofensas, todos professando o senhorio Jesus e, ao mesmo tempo, não conseguindo perdoar. Paulo clamaria: arrependam-se e libertem-se do engano, geração egoísta e hipócrita!" Não importa o quanto você tem se atualizado em novas revelações, seminários e escolas bíblicas, não importa quantos livros tem lido ou quantas horas passa orando e estudando. Se você foi ofendido e recusa-se a perdoar e arrepender-se do pecado, ainda não alcançou o conhecimento verdade. Está em engano, e ainda confunde outros com sua vida hipócrita. Não importa qual a revelação: seu fruto terá uma história diferente para contar. Você se tornará uma fonte de águas amargas que levarão ao engano, e não à verdade.

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SUPERPOPULAÇÃO É UMA AMEAÇA REAL À HUMANIDADE, SEGUNDO A REVISTA "NEW SCIENT...

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via CAPIM MARGOSO de Sandro Nasser Sicuto em 23/09/09

Há quase 7 bilhões de seres vivos atualmente, o dobro do que havia em 1965, com a adição média de 75 milhões de pessoas por ano. O mundo consegue sustentar este crescimento populacional? É uma questão controversa tratada na última edição da revista "New Scientist".
Embora exista um consenso de que a população não possa aumentar indefinidamente e que o risco da superpopulação planetária é a fome, doenças e mortes. Contudo, no passado, outros profetas fizeram previsões catastróficas que não se concretizaram. A mais famosa delas é a de Thomas Malthus, que alertou, há mais de dois séculos, que a população seria mantida "sob controle" pela elevação da mortalidade. O que ele não previu foi a capacidade das sociedades recém-industrializadas para suportar um grande número de pessoas e das tecnologias desenvolvidas para prolongar a vida.
Hoje, o "problema populacional" está de volta no epicentro dos debates envolvendo o crescimento populacional e a capacidade do planeta de prover e sustentar esta população.
No começo deste ano, o conselheiro científico do governo britânico John Beddington projetou uma população sob crise global em 2030. Mais: um grupo de bilionários influentes, incluindo Bill Gates e George Soros, identificou a superpopulação como a maior ameaça que a humanidade enfrenta. As estatísticas populacionais são, de fato, impressionantes. Números brutos, contudo, escondem uma infinidade de complexidades. Olhando atentamente, fica claro que a suposição, baseada no senso-comum de que a população é a raiz de todos os males, é simplista e equivocada.
Por exemplo, enquanto a população está crescendo em números absolutos, a taxa de crescimento (média) está reduzindo gradualmente a velocidade de expansão, de 2% nos anos 1960 para 1% hoje. No Japão, Rússia e muitos dos países europeus, mulheres estão tendo poucos filhos, o que está contribuindo para diminuir a velocidade de crescimento da população. Ao mesmo tempo, as populações de muitas das nações menos desenvolvidas estão explandindo explosivamente, com mulheres em alguns países dando origem a mais de cinco filhos, em média.
Algumas dessas inconsistências e contrariedades são explicadas por especialistas. O demógrafo Paul Ehrlich, que reacendeu o debate há uma geração com seu best-seller "A Bomba Populacional", endossa a afirmação de que é preciso agir para conter a fertilidade.
Na obra, Ehrlich, defende que os países adotem um controle populacional rígido, de modo a evitar uma escassez de alimentos e outros recursos naturais.
Todavia, Ehrlich errou ao prever que, nas décadas de 1970 e 1980, milhões de pessoas morreriam de fome por causa da escassez de comida. Mas hoje, suas ideias radicais e professias escatológicas caíram no gosto dos estudiosos e ativistas da sustentabilidade, principalmente a tese de que o crescimento sem limites da população e o hiperconsumo não são compatíveis com a finitude dos recursos naturais.
Aliás, Paul Ehrlich, junto com sua esposa, Anne Ehrlich, criou uma fórmula matemática para calcular a pressão das atividades antrópicas sobre a Terra: I=PAT. Na equação, I é o impacto ambiental, medido pela multiplicação de P (o tamanho da população de uma área), A (média do consumo individual, medido pelo PIB per capita) e T (tecnologias empregadas e seu impacto em termos de emissões de gases de efeito estufa).
Por outro lado, o escritor de ambiente Fred Pearce insiste que é um erro focar o debate em torno do crescimento populacional porque cria uma distração perigosa da questão real: o consumismo desenfreado.
Depois, há o "admirável mundo novo" do encolhimento populacional que está em curso na Europa, como explica o demógrafo Reiner Klingholz.
"Estamos muito pesados para o mundo, os recursos são escassos para nós. A natureza não nos sustentar". Assim escreveu Tertuliano, um dos primeiros cristãos, no século 3. Naquela época, a população mundial era de cerca de 200 milhões de europeus. Dezoito séculos depois, e com 34 vezes mais pessoas no planeta, o debate continua.
A tese de Malthus em 1798 previa escassez e carestia crescentes. Esta ideia, depois rejeitada, renasceu agora com força nos movimentos ecologistas. Assim, o debate neomalthusiano voltou a ganhar espaço face a questões como segurança alimentar, pobreza, suprimento de energia e mudança climática.
A população do mundo atualmente está em 6,8 bilhões de pessoas - quatro vezes o tamanho da população há um século atrás - e, embora as taxas médias de fecundidade estejam em queda (2,8 filhos por mulher nas nações mais pobres e 1,6 nas mais ricas), anualmente em torno de 75 milhões de habitantes são acrescentados ao planeta. Mas este crescimento é fortemente influenciado pelo crescimento da população nos países pobres, tendência esta que não se manterá no futuro.
A World population data sheet, publicada anualmente pelo Population reference bureau, orgnanismo associado ao Governo norte-americano, noticia que, dentre os 170 países que compõem a Organização das nações unidas, 59 estão abaixo do limiar de renovação ou reposição da população. Na Europa já há quinze países, entre os quais a Rússia e a Alemanha, que já não renovam ou repõem a sua população, de tal modo que o seu contingente demográfico está em declínio de maneira absoluta. Isto vem a ser algo de dramático, de que pouco se fala.
Na verdade, o receio expresso pela política de contenção da natalidade carece de fundamento objetivo. O que se pode recear, não é a explosão demográfica, mas a implosão da população. É o que se depreende de alguns dados estatísticos de grande significado ou das chamadas "pirâmides de população".
"Pirâmide de população" é a representação gráfica da população de determinado país distribuída em camadas de idade. Nos países em via de desenvolvimento tem-se na base uma população jovem, entre 0 e 4 anos, representada por um retângulo muito largo; a seguir, o segundo retângulo representa a população de 5 a 9 anos, e assim por diante até chegar às idades mais avançadas. Verifica-se que nos países em desenvolvimento existe uma população jovem numerosamente significativa e uma população idosa muito menos avultada. Ora nos países ricos ou tidos como desenvolvidos verifica-se um estreitamento da pirâmide na base e uma tendência constante à contração ou à diminuição da população. Eis alguns exemplos concretos:
1. Na França, em 1997 a população era de 58 milhões de habitantes. Pois bem; para o ano 2050 está prevista uma contração que atingirá os 48 milhões.
2. Semelhante é o caso da Itália, que deverá passar de 56 milhões para 38 milhões.
3. Outro exemplo dramático é o da Espanha. Diz-se que não há mais crianças na Espanha. Na Espanha o índice sintético de fecundidade é de 1,5 filho por mulher em idade fecunda.
Para que a população se renove nos países ricos, seria preciso que cada mulher, em idade fecunda, tivesse a média de 2,1 filhos (ou um índice sintético de fecundidade igual a 2,1). Em nenhum país da comunidade européia essa cifra é atingida. Era alcançado, no passado próximo, na Irlanda, mas já não ocorrer em nossos dias.Poder-se-ia deduzir, pelo que foi dito até agora, que o declínio da fecundidade é problema exclusivo dos países ricos. Todavia, esta conclusão é um equívoco, pois o fenômeno ocorre em diversas partes do mundo, apenas com diferenças de calendário. No Brasil mesmo a fecundidade vem diminuindo e já há quem chame seriamente a atenção para o fato.
Na verdade, o grande problema do mundo atual não é o de uma pretensa explosão demográfica, mas, sim, o de uma implosão demográfica.

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